sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hein???!!

Uma vez, quando eu tinha 4 anos de idade, falando como matraca (como toda mulher!) antes de dormir, conversava com a minha mãe quando eu perguntei: "Mãe, o que minhas primas serão dos meus filhos?". Ao que minha mãe prontamente respondeu: "Carne moída assada..."!!!

'o_O

Que susto eu levei!

Mas tudo bem, coitadinha da minha mãe, ela estava morrendo de sono depois de um dia exaustivo trabalhando duro para pagar os estudos e os mimos para mim e para o meu irmão. No entanto, foi esse o meu primeiro contato com essa coisa de as pessoas conversarem com você, fazerem de conta que estão ouvindo, mas na verdade estão com a cabeça em alguma outra galáxia ou, como no caso da minha mãe, com a cabeça na cozinha... (risos!)

Anos mais tarde, já havia notado, principalmente nas pessoas adultas, esse péssimo hábito de responderem coisas sem nem terem ouvido o que foi perguntado ou simplesmente o que foi falado. Aos 15 anos de idade, cheguei em casa depois do colégio, levei uma amiga para casa para almoçar comigo. Minha tia (e madrinha), também conhecida como Ba, que é como minha segunda mãe, ajudou a me criar desde que nasci e mora na mesma casa que eu, super prestativa, esquentou o almoço e enquanto minha amiga e eu nos sentávamos à mesa, a minha tia cumpriu com seu papel de substituir minha mãe naquele momento, perguntou: "E então, meninas, como foi o dia hoje na escola?". Minha amiga e eu nos empolgamos contando tudo o que tinha acontecido, embora nosso dia não tivesse nada de empolgante, falamos que tivemos uma briga com um professor, que a mãe de um colega havia morrido e que uma pessoa que conhecíamos tinha sido atropelada por um ônibus... Enquanto falávamos todas essas coisas, a minha tia, soltava aquelas expressões clássicas que indicam que a pessoa está ouvindo: "ahm"; "sei..."; "nooossaaa!". E então quando paramos de falar e assim a Ba notou que havíamos terminado nossa narrativa ela virou pra gente e disse: "Nooossa!!! Que bom, né?!". Minha amiga ficou chocada porque a Ba achou muito bom a nossa conhecida ter sido atropelada por um ônibus, a mãe do nosso amigo ter morrido e a gente ter brigado com o professor... Mas eu olhei para ela e disse: "Não se assuste! Na verdade ela não ouviu nada do que falamos, ela só perguntou o que aconteceu no nosso dia por educação, mas na verdade ela nunca teve a intenção de ouvir!" (risos!)

Já ouvi muitas mulheres reclamando dos maridos e namorados que também não as escutam. Claro que eu também tenho minhas historinhas nesse aspecto! O Jair normalmente me ouve e quando não ouve, ele pede desculpa diz que não ouviu nada e me pede para repetir. Então os causos que tenho para contar sobre ele são todos do tipo da história da minha mãe, basicamente, quando vou dormir, eu não falo, eu disparo com uma metralhadora vocal! Então algumas vezes eu estava contando para ele do meu dia e de repente ele respondeu com a resenha de um filme que estava passando no cinema, ou eu teorizando alguma questão ética da sociedade moderna e ele me responde: "Capitão Caverna!"... Enfim, coisas desse tipo.

Ainda falando de namorados e maridos, outro dia meu pai falou algo totalmente incompreensível, eu e a Ba olhamos uma para a outra com aquela expressão de "Hein?!", mas a minha mãe esboçou um "aham" (concordando com meu pai), então eu a Ba interrogamos a minha mãe sobre o que diabos o meu pai tinha acabado de dizer, ao que minha mãe respondeu: "Ahm! Nem sei..."!! (risos)

E eu achando que era a única pessoa no universo que realmente se incomodava com esse hábito que as pessoas têm de interagir com você como se estivessem ouvindo, quando na realidade não estão. Daí encontrei no youtube uns vídeos muito bons, de um cara que, aparentemente, cansado desse comportamento das pessoas, resolveu fazer um protesto bem humorado. Nos vídeos, da série intitulada "Fala que eu não te escuto", o cara fala um monte de besteiras, tipo que ele vai torturar de uma idosa, sequestrar uma pessoa, roubar uma loja, arrombar um caixa eletrônico, mas ninguém ouve mesmo! (risos)



Vou aguardar os próximos episódios... (e quase penso em fazer minha própria versão! risos...)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Orgulho NERD

Todo mundo sabe que 42 é a resposta para a a VIDA, o UNIVERSO e TODAS AS COISAS. (se alguém não sabe, procure no Google!)

E é por isso que hoje (25/05), além de ser o Dia do Orgulho Nerd, é também o dia da Toalha! Afinal, mochileiros, não esqueçam de levar suas toalhas! (risos)

Para quem acha que eu sou maluca, vai um conselho: "Vá assistir ou ler O Guia dos Mochileiros da Galáxia de Douglas Adams, porque um pouquinho de cultura inútil não faz mal a ninguém!!".

8-D

De qualquer forma, fica aqui, hoje, registrada, minha homenagem aos colegas NERDs.

Quando eu era adolescente, ser NERD era quase como ter uma doença contagiosa: as pessoas não queriam ficar muito perto de você; todos te chamavam de anti social; e você era motivo de piadinhas!

Eu sempre tive um pouco do estigma de NERD pelo fato de ser japonesa, mas claro, que nem todo japonês é NERD. Além disso, eu era gordinha e feia. Minhas notas eram ótimas na escola, mas a popularidade passava beeeeem longe de mim. Já deu pra perceber que eu era exatamente o estereótipo do NERD da década de 90, né?!

Pra me complicar um pouco mais, meu irmão era quase 8 anos mais velho do que eu, então tive muita influência dele. Com 8 anos de idade, em 1992 eu já brincava com o 386 que o meu irmão montou, aquela monstruosidade desengonçada! (risos) Eu tinha que ir, ainda no ambiente DOS, digitar "win" para entrar no Windows 3.11. Affff... Isso não faz de mim uma geek, mas claro, me deixa um pouco mais, digamos, a vontade com as evoluções em termos de informática, em especial em relação ao computador pessoal e às tecnologias que vieram na sequência, do que a grande maioria das pessoas que começou a utilizar já o computador numa época em que ele já era mais dedicado ao usuário final, com o Windows rodando direto, com um ambiente gráfico já muito mais amigável etc.

Mas embora hoje eu já tenha recebido muitos "parabéns" pelo meu dia!! (risos) As pessoas brincam dizendo que hoje é o dia de eu passar abraçada com os meus boxes de Star Wars, com a minha coletânea do Senhor dos Anéis, já me perguntaram a cor da minha toalha e até eu mesma já comecei esse post brincando com a história do número 42! Tá, tudo bem, eu tenho mesmo a coleção completa de Star Wars, de Senhor dos Anéis, De volta para o futuro, Kill Bill, Matrix; na faculdade fiz matérias optativas como: Estudos Críticos de Histórias em Quadrinhos; amo games; tenho uma coleção de chaveiros do Lego Star Wars; assisti Donnie Darko milhares de vezes (tenho o DVD); e chorei no cinema quando o Luke virou o Darth Vader... Nada disso consegue refletir o verdadeiro orgulho que sinto hoje de ser parabenizada por ser NERD!

Acho que o meu tributo hoje é a todos aqueles que gostam de estudar, gostam do conhecimento, querem sempre mais... Minha homenagem é a todas aquelas pessoas que não têm preguiça de seguir em frente, de adquirir mais conhecimento, mesmo que seja "cultura inútil", embora eu não acredite que algum conhecimento possa ser considerado inútil! Afinal quero, hoje, dar os parabéns a todos aqueles que conseguem passar horas e horas conversando sobre os mais variados assuntos, que não se cansam nunca de aprender e que topam os desafios. Feliz dia do Orgulho NERD, para você que já passou dias seguidos acordado tentando "fechar o jogo" na época em que você alugava o cartucho na locadora e como precisava devolver na segunda-feira, o fim de semana era dedicado a essa nobre missão de ver o final ou os múltiplos finais do jogo! Parabéns, para você que terminou a graduação e descobriu que queria fazer outra graduação ou continuar na pós! Minha homenagem é para você, que leu Silmarilion 3 vezes, que ajudou o Goku a fazer Genki Dama, que teve raiva da Saori porque ela judiava do Seiya, que vendeu seu carro pra ir para a Europa comprar um Wii antes dele ser lançado no Brasil (ops! essa fui eu!! risos... "parabéns pra mim!"); para você que jogou pacman; que entrou no Facebook porque na época ele era uma rede social fechada somente para universitários de grandes instituições (e, por acaso, você era um universitário de uma grande instituição! risos..); e para você que ainda guarda os dados, as cartas, os livros e, claro as ótimas lembranças das madrugadas de RPG... E por último, mas não menos importante, a você, NERD velho, que já está virando "tio Sukita" e que passou noites e noites (ou ainda passa) jogando WAR bêbado e comendo calabresa acebolada com os amigos!! (risos)

Mas parabéns também, para você, novo NERD, que não larga o seu iPod, que pediu um iPad pro Papai Noel e que vai ficar amanhã se remoendo porque o iPad 2 vai chegar ao Brasil e você não vai trocar o seu ainda! Ou para você novo usuário de Android, que passa o dia inteiro jogando Angry Birds, tomou bronca na aula do professor que achou que você estava assistindo o futebol no seu smartphone quando na verdade você estava tomando nota da aula e fazendo pesquisas sobre o assunto da aula seguinte...



Finalizando...

NERDs, uni-vos! (risos) Orgulhem-se de serem pessoas super bem informadas, divertidas e principalmente ambiciosas (afinal a gente tem ambição de informação, de conhecimento e de terminar todos os joguinhos de video-game e computador e, ÓBVIO, de DOMINAR O MUNDO!!)... risos...

Algumas sábias palavras:

"Não esqueçam de levar sua toalha!"

"Don't PANIC!"

"May the force be with you."

"O futuro ao Google pertence!"

terça-feira, 24 de maio de 2011

Coração burro (porém GRANDE e Feliz!)

Às vezes, só às vezes, a casquinha da ferida ainda sai, daí ela volta a doer... Passa rápido, porque é um machucado já antigo, na maior parte do tempo, ele nem se mostra. Mas um esbarrãozinho nele e a casquinha sai...

Mas a dorzinha da ferida é o melhor lembrete possível de que os momentos sem dor são tão felizes!

Sendo assim, a ferida não é algo ruim. Eu preferiria não ter machucado algum... No entanto, tê-lo não faz de mim uma pessoa menos feliz. Ao contrário, talvez, eu seja capaz de me deliciar mais com a felicidade que tenho nos momentos sem dor, do que as pessoas que nunca se feriram.

E quem nunca se feriu?

No corpo ou na alma...

Mas os ferimentos que são curados facilmente e/ou rapidamente, ou aqueles pequenos que não doem muito, talvez não sejam suficientes para que as pessoas dêem à felicidade de não ter dor alguma, o seu devido valor!

Eu tenho uma ferida, o nome dela é Charles, também conhecido como Chachita pelos amigos, por Chalinho pela família, Chá ou Irmão por mim. Hoje a casquinha saiu...

Assisti ao filme "Nada Sou Sou" (é em japonês), inspirado na música de mesmo nome: 涙そうそう。

Me acabei de chorar... Em partes porque a história me fez lembrar um pouco da minha amizade com o meu irmão, de como ele me protegia e me mimava, das broncas que ele me dava e dos conselhos que me pedia. Mas chorei quase um litro foi com a letra da música no final do filme! 

A ferida abriu... doeu... chorei... lembrei... senti saudade... pensei... sorri...

Ele faz uma falta danada às vezes, mas por alguma razão, que ainda desconheço, alguém do outro mundo deve gostar muito de mim, porque foi enviado para a minha vida um anjo, que chegou na hora certa, me ajudou a superar tudo e me faz muito, muito, muito feliz mais e mais a cada dia. 

Um dia o cardiologista me disse que meu coração estava no limite do tamanho que poderia ter para uma pessoa saudável da minha idade e do meu tipo físico... Faço exames cardiológicos todos os anos e nunca foi constatado nada de errado. Então eu acho que ou aquele médico disse metafóricamente que tenho um coração muito grande, ou seja, sou uma boa pessoa, ou então, foi o meu coração burro que não entendeu a metáfora e ele literalmente ficou grandão, para caber os dois: de um lado o japonês cabeçudo que foi meu grande amigo e do outro lado o nordestino nerd que é o homem da minha vida. 

Haja coração, para dentro de uma japinha de 1,60m caber dois cabeçudos tão amados!



Nada Sou Sou 
Furui arubamu mekuri
Arigatou tte tsubuyaita
Itsumo itsumo mune no naka
Hagemashite kureru hito yo
Hare wataru hi mo ame no hi mo
Ukabu ano egao
Omoide tooku asete mo
Omokage sagashite
Yomigaeru hi wa nada sousou

Ichiban hoshi ni inoru
Sore ga watashi nokuse ni nari
Yuugure ni miageru sora
Kokoro ippai anata sagasu
Kanashimi ni mo yorokobi ni mo
Omou ano egao
Anata no basho kara watashi ga
Mietara kitto itsuka
Aeru to shinji ikite yuku

Hare wataru hi mo ame no hi mo
Ukabua no egao
Omoide tooku asete mo
Samishikute koishikute
Kimi he no omoi nada sousou
Aitakute aitakute
Kimi he no omoi nada sousou

Lágrimas Caem
Folheando um album velho
Murmurei "obrigada"
Sempre dentro do meu coração
voce é a pessoa que me encoraja
Mesmo chovendo, ou estando ensolarado
me lembro daquele sorriso
Mesmo que as memórias fiquem longe
eu procuro por alguma lembrança
E no dia que encontro, as lágrimas escorrem

Orar para a primeira estrela
Isto se tornou meu hábito
E no céu do crepúsculo
Eu te procuro com todo o meu coração
Na alegria e na tristesa,
Eu penso no seu sorriso
Se do seu lugar voce me enxergar
Eu vou viver acreditando que
um dia vamos nos encontrar

Mesmo chovendo, ou estando ensolarado
me lembro daquele sorriso
Mesmo que as memórias fiquem longe...
Estou tão sozinha, com tanta saudade
Os meus sentimentos por voce me fazem chorar
Eu quero tanto te ver
Que os meus sentimentos por voce me fazem chorar




segunda-feira, 16 de maio de 2011

EXATAMENTE JAPONESA!!!

Já escrevi bastante sobre a grande virada na minha vida, sobre voltar a tomar o controle da situação, espantar o medo de errar, aceitar que sou humana e, portanto, sujeita a erros como qualquer outra pessoa, já falei bastante sobre voltar a dirigir, sobre recomeçar, sobre a minha pós graduação...

Mas a verdade é que eu ainda não tinha tido tempo de comentar sobre a pós mesmo.

Agora estou num gap relativamente tranquilo, entre um ciclo e outro... SIM!!! Dá pra acreditar que um ciclo inteirinho já se passou?!

'o_O

E eu sobrevivi!!!

\o/

Aliás, mais do que isso... Eu consegui terminar o ciclo, feliz da vida, suuuuuuper me encontrando em tudo o que estou estudando e fazendo, mega empolgada, com várias ideias para a minha monografia, para o meu mestrado, para o meu doutorado, para o meu pós-doutorado e para tudo o mais que planejo fazer.

Sinto que a vida está sorrindo mesmo para mim. Depois de "longo e tenebroso inverno", em que eu não conseguia ver nenhuma boa perspectiva de vida para mim, só conseguia pensar em conseguir logo um emprego e tocar a minha vidinha da forma mais medíocre possível, agora sinto que estou de volta! Eu mesma! A velha Sá está de volta, com seus sonhos e sua vontade de ser mais do que uma pessoa medíocre... Sempre ouvi as pessoas me dizendo que eu tinha um certo brilho especial, mas nos últimos anos, acho que escondi meu brilho em algum lugar muito obscuro dentro de mim, que estava tomado por uma grande desmotivação resultante de anos em que, digamos, meu intelecto foi deixado em stand by.

Não querendo dizer que eu me ache suuuper inteligente, na verdade, me acho bem mediana nesse aspecto, mas sou muito empolgada, gosto de estudar. E, de fato, passei alguns anos subestimando a minha capacidade também...

Há aproximadamente uma década, tomei uma decisão MUITO ESTÚPIDA. Cheguei à conclusão de que as Ciências Exatas eram muito difíceis pra mim, resolvi escolher uma graduação fácil, à qual não precisasse dedicar muito esforço, nem tempo. Decidi abolir as Exatas da minha vida e a partir daquele momento não queria nunca mais ver número e cálculos na minha frente. E aqui eu reforço o comentário anterior: MUITO ESTÚPIDA!!!!!

Incrível o que 10 anos fazem pela gente! Hoje sou outra pessoa, verdade seja dita, já com alguns sinais de expressão (risos), mas nada que o meu hidratante com filtro solar e ação anti-aging não possa dar um jeitinho. Mas falando sério, sobre o quanto mudei nessa última década, pensar que a cada ano que passa eu repito com mais frequência o mantra: "Nossa! A minha mãe tinha razão!". Há alguns anos, quando comecei a velejar, percebi como a Física é LINDA na prática; quando fiz o curso de laminação de fibra de vidro, fibra de carbono e kevlar, notei como a Química aplicada na vida real é FANTÁSTICA; e agora na pós graduação vejo como as Exatas me fazem falta, como gosto de estudar isso tudo e como eu me prejudiquei com aquele pensamento do passado, subestimando a minha capacidade.

E embora eu tenha um "fã clube" que diz que sou muito inteligente, que sou nerd, que sou demais etc. (risos), uma parte considerável das pessoas que me cercam vê em mim não muito mais do que uma garota mimadinha, fresquinha, uma verdadeira "patricinha"!

Para essas pessoas tem sido uma surpesa ainda maior do que para mim. E graças a elas, sinto-me algumas vezes como a Elle Woods (Reese Witherspoon) de LEGALMENTE LOIRA. Sofri, sim, algum preconceito, por ser uma Relações Públicas fazendo uma pós graduação com um certo foco em tecnologia, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. As pessoas me olharam como se eu fosse um alien, algumas disseram na minha cara que eu deveria desistir e fazer um curso mais fácil porque aquele não era o meu lugar. Mas eu sinto pena dessas pessoas...

...porque eu acredito que o lugar certo de uma pessoa é onde ela se sente bem e, cá entre nós, estou muito bem lá na POLI. O fato de eu originalmente não ser de um curso de Exatas só vem provar ainda mais o meu valor, em superar expectativas e preconceitos, alheios e os meus próprios! Eu sei o porquê de estar cursando específicamente esta pós na POLI, sei que é porque eu QUERO ter mais conhecimento técnico, pois como profissional de comunicação, acho péssimos aqueles que querem comunicar sobre determinado assunto sem ter nenhum conhecimento real da área. Eu sei que estou aqui porque quero alçar voos mais altos, quero fazer meu mestrado na Oceanografia, quero trilhar caminhos onde nenhum comunicólogo jamais esteve! (risos)

Brincadeira à parte, mas a minha história tem se mostrado muito parecida com a da Elle Woods mesmo, pois as minhas blusinhas com desenhos da Disney, de animê, de mangá e de jogos de video-game, bem como a minha bolsa da Pucca cheia de chaveirinhos não dizem absolutamente nada a respeito da minha maturidade ou da minha capacidade. O que temos de mais valioso e que diz realmente sobre maturidade e capacidade, está dentro, onde ninguém pode ver. O que determina a minha maturidade é o fato de assumir e cumprir com as minhas responsabilidades e, quanto à minha capacidade intelectual não preciso expor como um banner colorido, basta que eu conquiste meus objetivos.

Agora que eu calculo a toxicidade crônica e aguda de efluentes industriais só com a lapiseira e a calculadora científica, sem nem usar o software no computador (!!!!); agora que finalmente entendi aquele papo do Fozzy sobre membranas e a osmose reversa; agora que a Química, a Física e (quem diria!) a Estatística não me assustam mais... Agora sim, estou fazendo jus ao tamanho da minha cabeça! (risos)

Eu nunca tinha entendido o motivo de eu ter uma cabeça tão grande!! (risos)

E se até há alguns meses a minha vida só podia ser comparada aos contos de fada com aquelas princesinhas super frufrus e seus príncipes encantados, com o "Happily Ever After" que, diga-se de passagem, NUNCA foi um fim convincente, ou alguém realmente acredita que com uma linda princesinha burrinha e um príncipe lindo, vazio e narcisita o "Felizes para sempre" é possível!! Isso é história pra criança dormir, né?!

Hoje os tempos são outros, o meu "príncipe" é um nerd, trabalha pra caramba, estuda muuuuito, me apóia em todas as minhas decisões sobre trabalho e estudos, cozinha pra mim, me mima, realmente me trata como uma princesa! E eu sou a "princesinha" meio ogra, não sou exatamente muito fina, sem dúvida sou um tanto fresquinha e mimada, mas sou motivo de admiração e orgulho para os meus pais e para o meu namorido, estou buscando os meus sonhos e provando que sou mais do que aquele frufru de tempos atrás.

minha estação de trabalho
Só tenho uma dúvida: se o nome do filme da Elle Woods é LEGALMENTE LOIRA, a minha versão da história seria EXATAMENTE JAPONESA???!! (risos)