sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nordestinos, USP e UFC

Lá vou eu com as minhas saladas...

Hoje, durante o café-da-manhã, meu pai comentou: "A Globo é fogo, né?! Tiraram os direitos da Rede TV de televisionar o UFC!! Aposto que nem vão passar as lutas, só fizeram isso para não deixar a Rede TV ficar com o ibope... Porque a Globo viu o sucesso que foi quando o UFC foi no RJ". Eu quase caí da cadeira! Como assim??!! UFC na Globo??!!! Daí vi que eles planejam passar uma luta já no dia 12 e que pretendem fazer até um reality show! Hein?! Será que dá pra botar fé nisso?? Será que dessa vez não vão dar mancada como costumam fazer todas as vezes que conseguem exclusividade para televisionar qualquer outra coisa e acabam passando na hora que querem apenas o que querem! E os fãs que fiquem chupando o dedo!!

Bom, pra ser sincera, mesmo sendo fã de UFC e de artes marciais em geral desde pequenininha por causa da influência do meu irmão mais velho, o UFC não é o tema desse meu post. A verdade é que essa história me fez lembrar da minha época de estudante da graduação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Eu nunca fui das pessoas mais envolvidas com DCE e com a maioria das pessoas que "viviam" a Universidade, "respiravam" a Universidade, compravam as brigas, faziam as paralizações, reivindicações etc. Eu sempre ia para a aula, no horário exato dela, se por acaso o professor tivesse faltado ou por qualquer outra razão não tivesse aula, eu imediatamente dava meia-volta e retornava ao ponto de ônibus para regressar à minha casa. Não gostava de ficar no Centro Acadêmico e, junto com o meu seleto grupinho de amigos, costumávamos não nos envolver demais em nada que dissesse respeito aos "ideais" da instituição. No entanto, lá do nosso ladinho, havia um caldeirão em ebulição! Os tais subversivos, os revolucionários, os idealistas... Pichavam palavras anti-Globo e anti-Imperialismo... Era até divertido! (não quero me indispor com nenhum dos meus amigos! mas pra falar a verdade eu nunca concordei muito com certos tipos de manifestações, achava que com tanta tecnologia e  com tanta "inteligência", bem que poderíamos pensar em maneiras melhores de nos fazer ouvir! Afinal estávamos na Escola de COMUNICAÇÕES e ARTES de uma das melhores Universidades do País!!! Cadê os nossos conhecimentos de comunicação e a nossa criatividade??!!)

É verdade que a rede Globo é conhecida por "mandar" na mídia brasileira, a nossa agenda setting é basicamente ditada pela Globo! Mas hoje em dia, a Rede Record, por exemplo, faz uma afronta à altura, e eu acho isso fantástico, pois diminui um pouco aquela aura de "toda poderosa" da Rede Globo. E não vou ser hipócrita! Lógico que assisto a alguns programas na Globo, bem como na Record, no SBT e em qualquer outro canal, sem preconceito, se o programa me interessar eu páro e assisto. Mas na Universidade parecia que havia um movimento que colocava a Rede Globo como se fosse o demônio! E o que me fazia rir era que todo mundo bem que gostava quando a Rede Globo doava equipamentos antigos para a Escola de Comunicações e Artes, bem que todo mundo (em segredo) se candidatava ao processo seletivo de estágio e trainee da Rede Globo quando eles colocavam os cartazes nos murais da Universidade. Mas o que me fez rir "litros" foi quando o Pedro Bial foi convidado para participar do Café Acadêmico (um evento realizado pela ECA-Jr, a empresa júnior da escola, no qual uma personalidade do meio da comunicação era convidada para um "bate-papo" com os alunos). Naquela ocasião os alunos que JAMAIS admitiam que assistiam à Globo e tals, encheram o pobre coitado do Pedro Bial somente com perguntas sobre o BBB!!!! 'o_O Pelamordedeus!!!!!!! O cara é um excelente jornalista, cronista muito talentoso, como jornalista cobriu momentos históricos da humanidade como a Guerra Irã-Iraque, a queda do Muro de Berlim!!!! E os tais intelectuais da Universidade que diziam que não sucumbiam aos apelos da imperialista Rede Globo e tais programas de baixo nível, só falavam do BBB!! Muito bem, pessoal, o BBB é mesmo um programa muito cult e relevante para a nossa história!! (risos)

E mais uma vez, sem hipocrisia, que fique bem claro que eu já tive a minha fase de assistir BBB, mas como eu comecei a achar que estava ficando muito chato, parei de assisir.

Tudo isso que falei foi pra lembrar que a "toda poderosa" Rede Globo tem defeitos e vulnerabilidades como qualquer outra, lembrar que apesar das suas tentativas de continuar com sua hegemonia, com o crescimento de outras emissoras de televisão e a difusão de outras mídias, principalmente a internet, os públicos estão ficando mais diversificados, mais exigentes e exercendo seu poder de escolha. Sendo assim, como comunicóloga vejo que através da comunicação, do desenvolvimento das novas mídias, estamos alcançando um nível melhor de escolha das informações que vamos absorver, não precisamos nos contentar mais com o que a agenda setting determina.

By the way, espero que a transmissão do UFC via Rede Globo seja boa! Senão vou ter que começar a pagar o Premier Combat... ;)

Mas voltando a falar um pouco de USP, hoje pela manhã também me deparei com a triste notícia de que estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) estão no prédio da Administração da Unidade, protestando contra a presença da PM no Campus!!! Desde a minha época de estudante da graduação, sempre achei um pouco besta essa história de que a PM não poderia entrar no Campus por motivos históricos, por causa da época da ditadura etc etc. que um símbolo da repressão não poderia circular na Universidade que é território livre de pensamento e de expressão e bla bla bla...

Posso estar sendo meio egoísta, mas primeiro eu penso em segurança! Em 2003, quando entrei na Universidade, logo depois da euforia de ter passado no vestibular, já começamos a lidar com os probleminhas de segurança da Universidade! Tinha um estuprador, depois teve um monte de assaltos e carros de amigos meus sendo arrombados... Em 2011, voltei para a Universidade, agora como aluna de Especialização e mais uma vez, assaltos, arrombamentos de carros, sequestros relâmpagos e por fim, agora veio até a morte do rapaz Felipe Ramos de Paiva, numa tentativa de assalto no estacionamento EXATAMENTE ao lado do estacionamento por onde eu passava para ir para a minha aula. Inclusive, eu vi a cena do crime, estava saindo da minha aula, passei na frente daquele estacionamento, vi os carros de polícia, o corpo do rapaz ainda estava no local do crime e eu assustei porque até então, não era nem um pouco comum ver a PM no campus.

Desde aquela fatídica situação que culminou na morte do rapaz (Felipe), de vez em quando vejo a PM passando pelo Campus, ainda acontecem alguns crimes, mas são menores e com certeza diminuíram muito em comparação ao que acontecia antes. E agora, por causa de alguns estudantes que estavam fumando maconha e foram abordados pela PM, um monte de outros inconsequentes fazem uma reivindicação para a PM sair do Campus???!!! Poxa, gente! Um pouquinho de bom senso, né?! Vocês preferem poder voltar a fumar maconha livrementente pelo Campus do que evitar que mais meninas sejam estupradas, mais carros sejam arrombados, mais pessoas sejam sequestradas ou até mortas??!!! (e que fique bem claro que não tenho nada contra o pessoalzinho da maconha!!! Cada um faz o que quer da vida!! Não vou ser hipócrita, eu sou a favor da legalização, mas isso são outros quinhentos...).

E por fim, por falar em ações impensadas, em "toda poderosa", a Rede Globo impõe um padrão "Sudeste" de vida. Os âncoras de jornal são treinados para falarem como paulistas, mesmo quando são de outras regiões do Brasil; as novelas e apresentadores de programas colocam o "carioquês" como sotaque padrão; e, normalmente, os personagens nordestinos são um tanto esteriotipados. Ainda essa manhã vi um pequeno protesto de um nordestino cansado de ser discriminado e ofendido pelos não-nordestinos. E não quero defender nenhum dos preconceituosos, mas como paulista, posso dizer que somos induzidos ao preconceito, nas ruas, em casa e até mesmo nas escolas, aprendemos que os "bahianos" invadiram São Paulo e arruinaram tudo! Calma, calma! Só estou reproduzindo aqui o que nos ensinam desde criancinhas... Eu lembro que no primário, quando a "tia" ensinou o êxodo rural ela usou como exemplo os nordestinos que vinham para o sudeste! (coitada! e ela ainda estava com alguns erros conceituais meio grosseiros nesses exemplo).

O fato é que para os paulistas (e talvez isso sirva também para os cariocas, os capixabas e não sei se os mineiros), em sua maioria, não percebem que nós não seríamos tão "desenvolvidos" sem a força de trabalho que veio do Nordeste. Gente muito trabalhadora e que veio ocupar vagas de trabalho que os narizes empinados daqui não aceitaríam fazer, como se houvesse algum tipo de vergonha em trabalhar! E se no começo chegaram aqui como mão-de-obra desqualificada, mas considerável força de trabalho, tenho a impressão de que hoje o pessoal daqui não tem preconceito, mas sim despeito e inveja, pois os nordestinos provaram muitas vezes na história sua inteligência, talento e cultura e agora ocupam altos cargos de trabalho aqui, hoje ocupam lugares importantes no governo e as vagas das melhores universidades do país! Eu conheci muita gente do ITA e descobri que uns 60% dos alunos de lá são Cearenses. Dos amigos da UNICAMP, acho que tinha uma parcela beeeeem significativa de nordestinos também, a começar pelo meu Alagoano preferido, que é o amor da minha vida e um engenheiro com um futuro brilhante pela frente pela sua inteligência e idoneidade.

Agora quanto às alegações de que nordestinos foram os culpados pelo vazamento de informações do ENEM e que podem causar o cancelamento dessa prova recentemente realizada, pode até ser que um grupo de Nordestinos tenha feito isso, mas não se deve generalizar! Em todo lugar tem gente muito boa e tem gente muito ruim, dizer que TODO nordestino é mal caráter é estupidez e inveja das brabas! Paulistas ruins têm às pencas, bem como Gaúchos, Barrigas Verdes, Paranaenses, Mato Grossensses, Manauaras, Cariocas etc. E esse País está cheio de gente muito boa também, então vamos tentar fazer parte dos bons e começar não tendo preconceitos bobos, não sendo intolerantes com as diferenças, aceitando que o nosso Brasil é muito rico em diversidade cultural, em inteligência e em bom caráter. Quem só consegue ver o lado ruim de tudo e torna isso a "verdade absoluta", não conseguirá nunca ser feliz em sua realidade. A gente tem que mirar nos bons exemplos e guiar nossas atitudes de forma a permitir que eles se multipliquem.

Só pra terminar... SEM EXTREMISMOS, né, gente?! A Globo, a PM e os povos de todas as regiões do Brasil são tão bons quanto maus, são tão fortes quanto vulneráveis e acertam tanto quanto erram. Endeusar uns, endemoniar outros, a humanidade faz esse tipo de julgamento desde os seus primórdios, mas devemos lembrar que somos capazes de raciocinar e portanto refletir um pouco antes de tomar atitudes que possam prejudicar outros ou ofendê-los. Liberdade de expressão é uma coisa, mas expressar idiotices sem pensar nas consequências não é motivo de orgulho para ninguém, na verdade, é um vexame dos grandes!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cuidando dos nossos velhinhos!


Quanto mais o tempo passa mais eu digo "meus pais tinham razão"...

E a cada dia eu entendo melhor cada atitude deles...

Hoje, sinto uma saudade imensa da minha mãe que está há quase 4 meses no Japão, pois precisou ir para lá cuidar do meu avô que ficou doente. Depois, ele acabou falecendo e minha mãe ficou um pouco mais para confortar a minha avó. Agora lembro daqueles dias na adolescência, em que eu sonhava com o dia em que seria "independente" e poderia sair da casa dos meus pais e ter "minha própria vida"! Que bobagem querer ficar longe deles!!

Nos últimos tempos, a vida tem me ensinado muito sobre "retribuir" o carinho, as broncas, os mimos, enfim, os cuidados todos que os nossos pais têm em relação a nós, filhos, durante toda a vida... Hoje sou eu quem tenho que dar bronca no meu pai e dizer para ele não comer tanta besteira, lembrá-lo de tomar os remédios e mandar vestir o casaco para não pegar um resfriado; sou eu que dou bronca na minha mãe para ela não atravessar a rua correndo, que digo para não comer tantos doces e para ser menos teimosa e ouvir o que tenho a dizer; agora sou eu quem marca os médicos e os exames deles e os acompanha, sou eu quem vai segurar a mão deles para dar força na hora da injeção, sou quem vai para a cozinha fazer comidas saudáveis e ficar brigando quando eles fazem cara feia para o prato de legumes...

E quando me dizem que sou muito brava, tenho que dizer: "eu dou bronca porque eu me preocupo com vocês, porque quero o bem de vocês!" e na sequência sempre paro pra pensar que estou falando igualzinho ao que eles falavam para mim e para o meu irmão quando éramos crianças...

Agora eu tenho que resolver as questões burocráticas de bancos e companhias telefônicas, porque eles não entendem direito a tal da tecnologia e porque já não escutam direito... Agora eu tenho que ler as embalagens dos alimentos para ver o que eles podem e o que não podem comer porque eles não enxergam direito...

São tantas inversões...

Mas sou muito grata à vida, por me permitir retribuir pelo menos um pouquinho por todo o cuidado, por todo o amor e carinho que recebi deles... Hoje entendo que em alguns momentos a preocupação que sentimos é tão grande que primeiro a gente dá bronca e depois para pra pensar na felicidade de ter quem a gente ama bem e por perto... Meus pais se sacrificaram muito para dar a mim e ao meu irmão todas as oportunidades que tivemos na vida e, mesmo que tenham sido ausentes em alguns momentos, até isso entendo que foi para o nosso bem, para que eu e o Chá nos tornássemos mais amigos, para que aprendêssemos a cuidar um do outro e para que fosse possível termos as oportunidades em termos de educação, lazer e tantas outras coisas que tivemos nas nossas vidas...

Sou muito grata aos meus pais por tudo. E acho que alguém que não é capaz de perceber que não somos nada sem eles, alguém que não reconhece que sem seus pais não teria sobrevivido nem o primeiro mês de vida e, que sem as broncas e até sem aqueles momentos de revolta infantil de nossa parte em que gritamos para o mundo que eles não nos entendem, que eles são os cabeças-duras etc. não seríamos metade do que somos hoje, não é capaz de compreender a si mesmo como adulto!

Afinal, o que seria das folhas se não estivessem presas à árvore?? Num primeiro momento poderíam sair livres voando pelo mundo, mas quanto tempo isso duraria até que caíssem no chão e apodrecessem ou secassem e fossem pisoteadas... As folhas que sempre seguem em frente são aquelas que crescem fortes em seus galhos, podem ir muito alto, podem distanciar bastante do tronco da árvore, mas é importante sempre reconhecerem que o tronco da árvore é que é a base de seu sucesso.

Então vamos cuidar dos nossos velhinhos com muito respeito e gratidão, né?!

;)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do AMIGO

Lugar comum: "Amigos são a família que a gente escolhe".

Mas o lugar comum é tão aconchegante, tão acolhedor... Às vezes desejo que tudo na vida seja "lugar comum", para não mais ter de me arriscar e sentir-me desprotegida.

Entretanto, paro e penso no que seria da vida sem as grandes aventuras, sem as novidades, sem os riscos, sem ousarmos... Rotina, mesmice, tristeza, depressão...

E o medo? De não dar certo, de ser o caminho errado, de se arriscar, de passar vergonha, de não ter sucesso...

Para tanto existem os amigos! Nos amparam, nos empurram para cima, nos motivam, nos encorajam a fazer todas as besteiras do mundo e sermos felizes!!

Afinal o que é felicidade, senão o sentimento de que algo finalmente deu certo, depois de uma sucessão de desastres??!!

E quem é que sempre te incentiva a ousar, independente do sucesso ou do fracasso, senão os amigos???!!

Quem é que lhe oferece um ombro AMIGO nos fracassos e brinda com você um chopp AMIGO nos sucessos, senão... o AMIGO!!

E quem são seus amigos? Os de verdade, aqueles que nunca te abandonam, aqueles que estão com você quando você fez a maior m**** do mundo e os que estão com você quando está simplesmente FELIZ!

Para alguns, são os de infância, para outros os da escola, para outros os da rua (ou do condomínio), para alguns podem ser ainda, os distantes, os vizinhos, os irmãos, a mãe, o pai, os avós, os primos, os tios, o companheiro ou companheira (viram?! até os metalúrgicos têm amigos!!!! huahuahuahua...).

Amigo é aquele ser mágico que apesar de tudo e de todos sempre te ajuda a ser uma pessoa melhor, te dá consolo e dá bronca, te ensina e aprende com você, te ouve e confia a você os próprios pesares...

AMIGOS (mesmo aqueles que não vejo há anos!!) vocês sabem que são especiais para mim! Penso em vocês em cada dia da minha vida... E sempre desejo tudo de melhor do mundo pra vocês! Obrigada por existirem e por terem feito parte da minha vida em cada momento que, certamente, foi muito especial e por comporem a constelação de estrelinhas para as quais olho todas as noites quando fecho meus olhos e me sinto feliz por ter um céu tão estrelado na minha vida!

FELIZ DIA DO AMIGO!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia Mundial do Rock


No dia 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres e na Filadélfia. A ideia era abrir os olhos do mundo para a questão da fome na Etiópia e contou com a  presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger,Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath. Foi transmitido ao vivo pela BBC para vários países. 
Duas décadas depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8, como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países objetivando pressionar os líderes do G8 a perdoar a dívida externa dos países mais pobres, colaborando assim, para erradicar a miséria do mundo.
Desde então o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.

Depois do momento "Blog da Sá também é cultura!", um pouco das minhas impressões...

Sempre acho legal quando gente que tem o poder de formar opinião ou de movimentar mundos e fundos por boas causas, de fato, usa esse seu "poder" como deveria. Isso é claro, pensando no mundo lindo e maravilhoso em que as pessoas realmente fazem coisas pelo bem e só por isso e NUNCA têm por trás nenhum outro motivo menos nobre, como aparecer na mídia, fazer a imagem de "bom moço" (afinal as imagens de algumas pessoas e de algumas empresas devem bagunçar a bolsa de valores mais do que o petróleo!!), enfim... Esquecendo um pouco que por trás das boas ações quase sempre existem motivações egoístas, acho legais iniciativas que mobilizem "o muuuundo tooodooo" em prol de coisas como o combate à fome e à miséria...

No entanto, hoje em dia, o combate à fome e à miséria saiu de moda, né?! Em geral, os grandes festivais e o assunto que domina a mídia e as rodas de conversas das pessoas ditas "conscientes", são basicamente de fundo ecológico! Afinal, VERDE é a cor da moda, né?! (Não estou criticando ninguém, aliás não me abstenho dessas novas estatísticas... No passado eu fazia parte da AIESEC e agia em prol do desenvolvimento das potencialidades humanas visando formar líderes comprometidos e capazes de promover a paz mundial, o fim da miséria no mundo etc. e hoje, estou aqui na luta pelas "baleias"(!) cursando meu MBA em Gestão e Tecnologias Ambientais, tentando meu mestrado no Instituto Oceanográfico e querendo salvar os oceanos da ação nociva do ser humano!! risos... Sim, ainda sou uma sonhadora, uma idealista... o mundo dá muitas voltas, but "some things, in this world, never change..." - Matrix Reloaded - nada como um pouco de sabedoria do cinema!! risos...).

..."but some things do (change)"... E é por isso que há milhões de anos eu ligaria o som no último volume e ouviria Iron Maiden o dia inteiro, acreditando estar realmente fazendo a minha parte no dia Mundial do Rock... Hoje estou no silêncio do meu quarto, escrevendo este post e me preparando para passar o dia todo estudando a ISO 14001, fazendo os fichamentos para a minha monografia e de noite ainda vou para a USP para a minha aula de Sistemas Integrados de Gestão Ambiental, Segurança e Saúde no Trabalho e, para realmente fazer a minha parte neste dia, fazer uma doação de alimentos para um asilo. Mesmo que eu não seja capaz de mudar o mundo, como no passado eu me achava capaz, aprendi com uma pessoa muito especial, que se eu puder melhorar, mesmo que por alguns momentos a vida de uma pessoa ao menos, que precise de ajuda, já estarei fazendo a minha parte, porque se todos os que têm condições fizessem algo por pelo menos UMA PESSOA em necessidade, haveria, de fato, uma mudança no mundo. Eu sei que assistencialismo não é a resposta, mas a verdade é que no ato de fazer uma doação, há muito mais do que simplesmente dar algo a alguém, há sentimentos, há atitude, há mudança na forma de pensar e de se comportar em relação à própria existência humana. É um bem que você faz não apenas à outra pessoa, mas, principalmente, a si mesmo! (e aqui voltamos aos motivos egoístas por trás de cada boa ação... risos... mas é melhor deixar pra lá, pra não perder o "romantismo" do assunto!)

So... Let's ROCK!!!! Let's change some things in ourselves...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

10 promessas ao seu cãopanheiro

Quem nunca quis um lindo filhotinho de estimação e depois que o bichinho cresceu deixou-o de lado?

Acho que pouquíssimas pessoas responderão a essa pergunta dizendo que NUNCA deixaram seu bichinho de lado. Afinal, somos egoístas e antes de mais nada, partimos do princípio de que os animais existem para nos servirem, por sermos uma espécie superior, dotada de inteligência etc. Mas mesmo que os animaizinhos não tenham a mesma capacidade intelectual que o ser humano, ainda assim eles têm sentimentos!

Sempre vejo na televicão aquelas campanhas para que as pessoas não adotem um animalzinho sem pensar antes nas consequências, para que não acabem abandonando o pobrezinho depois. Eu concordo totalmente, acho que se a pessoa se dispõe a ter um animalzinho de estimação, precisa ter consciência de que isso demandará tempo, dedicação, dinheiro para os cuidados gerais, carinho, atenção etc.

Ontem assisti um filme chamado "10 promisses I made to my dog" (dez promessas que fiz ao meu cachorro), o filme é japonês, o título original é 犬と私の10の約束. Eu me emocionei bastante, chorei litros!! (risos) Conta a história de uma menina de 13 anos, que quer muito ter um cachorro, mas a mãe só permite com a condição de que ela faça as 10 promessas que todas as pessoas devem fazer ao seu cachorro. E então a mãe enumera as promessas como se fosse o cachorrinho dizendo, são as seguintes:
1) Ouça pacientemente o que eu tenho a dizer;
2) Confie em mim, pois estarei sempre ao seu lado;
3) Brinque muito comigo;
4) Não se esqueça que eu também tenho sentimentos;
5) Não vamos nunca brigar, porque um dia eu posso ganhar;
6) Se eu não obedeço, tenho um bom motivo para isso;
7) Você tem escola e amigos, mas quanto a mim, eu só tenho você;
8) Continue sendo meu melhor amigo mesmo quando eu estiver velho;
9) Eu só vou viver aproximadamente uns 10 anos, então vamos fazer cada momento valer a pena;
10) Eu nunca vou esquecer nossos momentos juntos, por isso, quando a minha hora chegar, por favor esteja ao meu lado.

Lógico que o filme tem aquela característica de dramalhão japonês (para quem não conhece: são piores do que os mexicanos!!), mas mesmo assim é muito lindinho. Eu gostei até mais do que de Marley e Eu, pelo fato de não dar foco nas travessuras do cachorro, mas sim no quanto nós humanos somos egoístas tanto em relação aos animaizinhos quanto em relação a nossos familiares e amigos (afinal, normalmente os animaizinhos acabam meio que virando um membro da família também e, em certos momentos podem mesmo ser nossos melhores amigos!).

Quando o Eddie, meu irmãozinho canino, veio para a minha casa foi uma revolução! Antes dele nós tivemos o Leão e o Rex que eram do meu irmão e eu tive o Duque. Todos os três sofreram muito, coitadinhos, nós os deixávamos o tempo todo presos por uma corrente no quintal, nem conseguiam andar mais do que 2 metros de distância de suas casinhas, fizesse calor ou fizesse frio, dormiam na casinha de madeirinha no quintal. Eles tomavam banho de mangueirada (o coitado do Rex chegou a ser lavado com água sanitária pela Bá, minha tia, que na época achou que ele estava encardido demais!). A vida desses três não foi nada fácil! O Leão foi roubado (ele era muito bonitinho!), o Rex foi atropelado na frente da minha casa por um carro em alta velocidade e o Duque, nos últimos anos já era chamado pelos amigos da família de "surradinho" e quando estava beeem velhinho, meu pai comprou uma vitamina para ele, mas na bula estava escrito que para cães a medida era meia colher de chá, e para cavalos uma colher de sopa; meu pai querendo que o cachorro ficasse mais fortinho logo, cavava um buraco no pão francês, tirava todo o miolo e enchia dessa vitamina, resultado: o cachorro morreu de overdose! Ficou cego, não conseguia mais se sustentar sobre as próprias patinhas e um dia amanheceu morto!

Na época em que o Duque morreu, meu irmão e eu já não concordávamos há muito tempo com a forma como meus pais insistiam em criar os cãezinhos. Nós gostávamos de animaizinhos e achávamos que poderíamos mudar isso tudo.

Decidimos que queríamos outro cãozinho, mesmo os meus pais tendo proibido a gente disso! Meus pais diziam que a gente só queria e depois nem cuidávamos do bichinho e que acabava sobrando pra eles cuidarem e que depois eles se apegavam e o bichinho acabava morrendo e quem sofria mais eram eles!!!

Mas como eles conseguiam se apegar aos cãezinhos?! Eles deixavam os pobre coitados sofrendo amarrados no quintal!!! Nunca nem visitavam o bichinho pra fazer um carinho, só iam lá, deixavam a comida e a água e de vez em quando davam uma mangueirada neles e no quintal por causa da sujeira... E só!!

Meu irmão e eu bolamos um plano: nosso próximo cãozinho seria tratado como um rei! Escolhemos os nomes: se pegássemos uma fêmea seria Lika, se pegássemos um macho seria Eddie (por causa do Irona Maiden!! risos).

Saímos de casa dizendo aos meus pais que estávamos indo a uma feira de animais que estava acontecendo no estacionamento do Carrefour. Mas quando chegamos lá no Carrefour, descobrimos que a feira tinha acontecido até um dia antes! Ficamos bem chateados, mas não desistimos...

Entramos em um pet shop que havia no caminho para a nossa casa, lá perguntamos para a atendente qual era o preço de um Beagle (que era o que queríamos!!), tudo na faixa de R$600 na época. O meu irmão era universitário, mas recebia mesada do meu pai, porque ainda não trabalhava; eu ainda estava no ensino médio, minha única "renda" era o troquinho que eu conseguia juntar deixando de lanchar na hora do intervalo (guardava o dinheiro que minha mãe me dava pra comer no colégio) e o que deixava de gastar em ônibus, porque eu precisava pegar 2 ônibus pra chegar em casa, então eu ia a pé até metade do caminho e pegava só um ônibus para economizar aquele dinheirinho.

A atendente da loja mostrou outras opções, me apaixonei por um Fila lindo, filhotinho todo preto que tinha na loja, enquanto meu irmão brincava com os Lhasa que estavam do lado. De repente a mulher trouxe 3 filhotinhos que estavam em uma vitrine, que era mestiços de Cocker com Fox, eles estavam lá para adoção, só tinha quepagar os R$10 da vacina. Um desse filhotes, o mais lindo, todo branquinho e barrigudo, se jogou na mão do meu irmão! Que safado! Como ele adivinhou que eu sou a ruim e meu irmão que era o coração mole??!! Resultado: Voltamos para casa com um lindo filhotinho que nos custou apenas R$10 e uma pequena mentirinha pro meu pai nos deixar ficar com ele! (risos)

Desde o primeiro dia do Eddie em casa, a vida dele já era muuuuito diferente da vida dos outros cães que tivemos antes. Pra começar, ele dormia no banheiro do quarto do meu irmão. Forramos o chão todinho com jornal e como ele estava se sentindo muito sozinho, eu dei um dos meus bichinhos de pelúcia para ele. Nos primeiros 4 meses de vida do Eddie, o meu irmão e eu revezávamos, eu ficava com o Eddie o tempo todo das 13h (hora que eu chegava do colégio) até as 23h (hora que eu ia dormir para acordar às 5h30 no dia seguinte e ir para o colégio); o meu irmão ficava com o Eddie das 18h (hora que ele voltava da faculdade) até as 13h (hora que ele saia para a faculdade e que eu chegava para cuidar do "Dinho"). Na verdade, das 6h até mais ou menos as 12h, o Eddie fazia-nos o favor de dormir junto com o meu irmão! (risos)

O Eddie tomou todas as vacinas, vermífugos, tinha uma cama quentinha, dormia dentro de casa, tinha acesso livre aos quartos, sala, cozinha etc. Ele tem uma "gaveta" de brinquedos, cobertores (daqueles de bebês), ração das melhores marcas, toooodooo cheio de frescuras!

Quando ele tomava vacina só queria ficar no meu colo depois, ninguém podia nem tocar nele! E quando era dia de ir no pet shop tomar banho, era o meu colo que ele queria também... A vida dele, até então éramos eu e o meu irmão!

Em dezembro daquele ano, o Eddie estava com 7 meses, meu irmão e eu estávamos doidos para curtir nossas férias escolares e achamos que o "Dinho" já estava bastante grande, não precisava mais da gente o tempo todo com ele, então falamos a máxima das pessoas que têm um animalzinho, mas só pensam em si mesmas: "Nossa vida não pode girar em torno do cachorro! Ele existe para nos divertir e não o contrário! Vamos viajar!".

Meu irmão e eu fomos para a praia, passamos quase um mês lá. Nesse tempo, meu pai disse que o Eddie entrou em depressão, ficou super mal... Tadinho! Daí meu pai, com dó dele, ficou fazendo companhia pro bichinho.

Quando voltamos de viagem, o Eddie fez festinha pra gente, brincou e tals, mas a pessoa que ele mais amava no mundo agora atendia pelo "nome" de PAPAI!!

Foi assim que o Eddie nunca mais largou o meu pai por nada nesse mundo! Nunca vi amor igual. Se meu pai sai algumas horinhas só para ir ao banco, ou quando ele vai pescar, o Eddie não levanta do sofá, ele não bebe água, não come a ração, aliás não come nem picanha se a gente der, não faz xixi, não faz cocô, não late! Quando meu pai vai tomar banho, o "Dinho" fica na porta do banheiro chorando a arranhando a porta!

Há 6 anos, meu irmão faleceu, minha mãe se apegou à religião, eu tive uma depressão, mas o psicólogo me ajudou a retomar a vida, mas meu pai ficava todas as noites, sentado no quintal, no horário que meu irmão voltava do trabalho, esperando ele chegar... E mesmo nas noites mais frias, o Eddie esteve o tempo todo ao lado dele! Se não fosse o Eddie eu não sei o que teria sido do meu pai.

Na verdade, o Eddie ajudou muito a família toda. Agora eu o vejo já com 11 anos, tão velhinho, cheio de verrugas, gordo e cansado. Eu sei que ele não vai viver pra sempre, para ser sincera, sei que logo logo o Eddie vai partir. Mas o Eddie ensinou coisas muito importantes para mim e minha família. Hoje meus pais se arrependem tanto da forma como tratavam os cãezinhos que tivemos antes, eu me arrependo de ter magoado o "Dinho" quando ainda era um filhotão de 7 meses, o Eddie nos ensinou o quão enorme pode ser o amor (dele pelo meu pai!)... E o mais importante de tudo, o "Dinho" nos ensinou que não importa o quanto a gente goste de ter animais de estimação, não devemos tê-los a menos que estejamos dispostos a nos doar verdadeiramente a eles, a fazer as 10 promessas e cumpri-las.

Desculpem pelo post ENORME! Mas o filme vale mesmo a pena... E se você tem um cãopanheiro de muitos anos também, prepare um lençol pra enxugar as lágrimas porque um lencinho é pouco!! (risos)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hein???!!

Uma vez, quando eu tinha 4 anos de idade, falando como matraca (como toda mulher!) antes de dormir, conversava com a minha mãe quando eu perguntei: "Mãe, o que minhas primas serão dos meus filhos?". Ao que minha mãe prontamente respondeu: "Carne moída assada..."!!!

'o_O

Que susto eu levei!

Mas tudo bem, coitadinha da minha mãe, ela estava morrendo de sono depois de um dia exaustivo trabalhando duro para pagar os estudos e os mimos para mim e para o meu irmão. No entanto, foi esse o meu primeiro contato com essa coisa de as pessoas conversarem com você, fazerem de conta que estão ouvindo, mas na verdade estão com a cabeça em alguma outra galáxia ou, como no caso da minha mãe, com a cabeça na cozinha... (risos!)

Anos mais tarde, já havia notado, principalmente nas pessoas adultas, esse péssimo hábito de responderem coisas sem nem terem ouvido o que foi perguntado ou simplesmente o que foi falado. Aos 15 anos de idade, cheguei em casa depois do colégio, levei uma amiga para casa para almoçar comigo. Minha tia (e madrinha), também conhecida como Ba, que é como minha segunda mãe, ajudou a me criar desde que nasci e mora na mesma casa que eu, super prestativa, esquentou o almoço e enquanto minha amiga e eu nos sentávamos à mesa, a minha tia cumpriu com seu papel de substituir minha mãe naquele momento, perguntou: "E então, meninas, como foi o dia hoje na escola?". Minha amiga e eu nos empolgamos contando tudo o que tinha acontecido, embora nosso dia não tivesse nada de empolgante, falamos que tivemos uma briga com um professor, que a mãe de um colega havia morrido e que uma pessoa que conhecíamos tinha sido atropelada por um ônibus... Enquanto falávamos todas essas coisas, a minha tia, soltava aquelas expressões clássicas que indicam que a pessoa está ouvindo: "ahm"; "sei..."; "nooossaaa!". E então quando paramos de falar e assim a Ba notou que havíamos terminado nossa narrativa ela virou pra gente e disse: "Nooossa!!! Que bom, né?!". Minha amiga ficou chocada porque a Ba achou muito bom a nossa conhecida ter sido atropelada por um ônibus, a mãe do nosso amigo ter morrido e a gente ter brigado com o professor... Mas eu olhei para ela e disse: "Não se assuste! Na verdade ela não ouviu nada do que falamos, ela só perguntou o que aconteceu no nosso dia por educação, mas na verdade ela nunca teve a intenção de ouvir!" (risos!)

Já ouvi muitas mulheres reclamando dos maridos e namorados que também não as escutam. Claro que eu também tenho minhas historinhas nesse aspecto! O Jair normalmente me ouve e quando não ouve, ele pede desculpa diz que não ouviu nada e me pede para repetir. Então os causos que tenho para contar sobre ele são todos do tipo da história da minha mãe, basicamente, quando vou dormir, eu não falo, eu disparo com uma metralhadora vocal! Então algumas vezes eu estava contando para ele do meu dia e de repente ele respondeu com a resenha de um filme que estava passando no cinema, ou eu teorizando alguma questão ética da sociedade moderna e ele me responde: "Capitão Caverna!"... Enfim, coisas desse tipo.

Ainda falando de namorados e maridos, outro dia meu pai falou algo totalmente incompreensível, eu e a Ba olhamos uma para a outra com aquela expressão de "Hein?!", mas a minha mãe esboçou um "aham" (concordando com meu pai), então eu a Ba interrogamos a minha mãe sobre o que diabos o meu pai tinha acabado de dizer, ao que minha mãe respondeu: "Ahm! Nem sei..."!! (risos)

E eu achando que era a única pessoa no universo que realmente se incomodava com esse hábito que as pessoas têm de interagir com você como se estivessem ouvindo, quando na realidade não estão. Daí encontrei no youtube uns vídeos muito bons, de um cara que, aparentemente, cansado desse comportamento das pessoas, resolveu fazer um protesto bem humorado. Nos vídeos, da série intitulada "Fala que eu não te escuto", o cara fala um monte de besteiras, tipo que ele vai torturar de uma idosa, sequestrar uma pessoa, roubar uma loja, arrombar um caixa eletrônico, mas ninguém ouve mesmo! (risos)



Vou aguardar os próximos episódios... (e quase penso em fazer minha própria versão! risos...)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Orgulho NERD

Todo mundo sabe que 42 é a resposta para a a VIDA, o UNIVERSO e TODAS AS COISAS. (se alguém não sabe, procure no Google!)

E é por isso que hoje (25/05), além de ser o Dia do Orgulho Nerd, é também o dia da Toalha! Afinal, mochileiros, não esqueçam de levar suas toalhas! (risos)

Para quem acha que eu sou maluca, vai um conselho: "Vá assistir ou ler O Guia dos Mochileiros da Galáxia de Douglas Adams, porque um pouquinho de cultura inútil não faz mal a ninguém!!".

8-D

De qualquer forma, fica aqui, hoje, registrada, minha homenagem aos colegas NERDs.

Quando eu era adolescente, ser NERD era quase como ter uma doença contagiosa: as pessoas não queriam ficar muito perto de você; todos te chamavam de anti social; e você era motivo de piadinhas!

Eu sempre tive um pouco do estigma de NERD pelo fato de ser japonesa, mas claro, que nem todo japonês é NERD. Além disso, eu era gordinha e feia. Minhas notas eram ótimas na escola, mas a popularidade passava beeeeem longe de mim. Já deu pra perceber que eu era exatamente o estereótipo do NERD da década de 90, né?!

Pra me complicar um pouco mais, meu irmão era quase 8 anos mais velho do que eu, então tive muita influência dele. Com 8 anos de idade, em 1992 eu já brincava com o 386 que o meu irmão montou, aquela monstruosidade desengonçada! (risos) Eu tinha que ir, ainda no ambiente DOS, digitar "win" para entrar no Windows 3.11. Affff... Isso não faz de mim uma geek, mas claro, me deixa um pouco mais, digamos, a vontade com as evoluções em termos de informática, em especial em relação ao computador pessoal e às tecnologias que vieram na sequência, do que a grande maioria das pessoas que começou a utilizar já o computador numa época em que ele já era mais dedicado ao usuário final, com o Windows rodando direto, com um ambiente gráfico já muito mais amigável etc.

Mas embora hoje eu já tenha recebido muitos "parabéns" pelo meu dia!! (risos) As pessoas brincam dizendo que hoje é o dia de eu passar abraçada com os meus boxes de Star Wars, com a minha coletânea do Senhor dos Anéis, já me perguntaram a cor da minha toalha e até eu mesma já comecei esse post brincando com a história do número 42! Tá, tudo bem, eu tenho mesmo a coleção completa de Star Wars, de Senhor dos Anéis, De volta para o futuro, Kill Bill, Matrix; na faculdade fiz matérias optativas como: Estudos Críticos de Histórias em Quadrinhos; amo games; tenho uma coleção de chaveiros do Lego Star Wars; assisti Donnie Darko milhares de vezes (tenho o DVD); e chorei no cinema quando o Luke virou o Darth Vader... Nada disso consegue refletir o verdadeiro orgulho que sinto hoje de ser parabenizada por ser NERD!

Acho que o meu tributo hoje é a todos aqueles que gostam de estudar, gostam do conhecimento, querem sempre mais... Minha homenagem é a todas aquelas pessoas que não têm preguiça de seguir em frente, de adquirir mais conhecimento, mesmo que seja "cultura inútil", embora eu não acredite que algum conhecimento possa ser considerado inútil! Afinal quero, hoje, dar os parabéns a todos aqueles que conseguem passar horas e horas conversando sobre os mais variados assuntos, que não se cansam nunca de aprender e que topam os desafios. Feliz dia do Orgulho NERD, para você que já passou dias seguidos acordado tentando "fechar o jogo" na época em que você alugava o cartucho na locadora e como precisava devolver na segunda-feira, o fim de semana era dedicado a essa nobre missão de ver o final ou os múltiplos finais do jogo! Parabéns, para você que terminou a graduação e descobriu que queria fazer outra graduação ou continuar na pós! Minha homenagem é para você, que leu Silmarilion 3 vezes, que ajudou o Goku a fazer Genki Dama, que teve raiva da Saori porque ela judiava do Seiya, que vendeu seu carro pra ir para a Europa comprar um Wii antes dele ser lançado no Brasil (ops! essa fui eu!! risos... "parabéns pra mim!"); para você que jogou pacman; que entrou no Facebook porque na época ele era uma rede social fechada somente para universitários de grandes instituições (e, por acaso, você era um universitário de uma grande instituição! risos..); e para você que ainda guarda os dados, as cartas, os livros e, claro as ótimas lembranças das madrugadas de RPG... E por último, mas não menos importante, a você, NERD velho, que já está virando "tio Sukita" e que passou noites e noites (ou ainda passa) jogando WAR bêbado e comendo calabresa acebolada com os amigos!! (risos)

Mas parabéns também, para você, novo NERD, que não larga o seu iPod, que pediu um iPad pro Papai Noel e que vai ficar amanhã se remoendo porque o iPad 2 vai chegar ao Brasil e você não vai trocar o seu ainda! Ou para você novo usuário de Android, que passa o dia inteiro jogando Angry Birds, tomou bronca na aula do professor que achou que você estava assistindo o futebol no seu smartphone quando na verdade você estava tomando nota da aula e fazendo pesquisas sobre o assunto da aula seguinte...



Finalizando...

NERDs, uni-vos! (risos) Orgulhem-se de serem pessoas super bem informadas, divertidas e principalmente ambiciosas (afinal a gente tem ambição de informação, de conhecimento e de terminar todos os joguinhos de video-game e computador e, ÓBVIO, de DOMINAR O MUNDO!!)... risos...

Algumas sábias palavras:

"Não esqueçam de levar sua toalha!"

"Don't PANIC!"

"May the force be with you."

"O futuro ao Google pertence!"

terça-feira, 24 de maio de 2011

Coração burro (porém GRANDE e Feliz!)

Às vezes, só às vezes, a casquinha da ferida ainda sai, daí ela volta a doer... Passa rápido, porque é um machucado já antigo, na maior parte do tempo, ele nem se mostra. Mas um esbarrãozinho nele e a casquinha sai...

Mas a dorzinha da ferida é o melhor lembrete possível de que os momentos sem dor são tão felizes!

Sendo assim, a ferida não é algo ruim. Eu preferiria não ter machucado algum... No entanto, tê-lo não faz de mim uma pessoa menos feliz. Ao contrário, talvez, eu seja capaz de me deliciar mais com a felicidade que tenho nos momentos sem dor, do que as pessoas que nunca se feriram.

E quem nunca se feriu?

No corpo ou na alma...

Mas os ferimentos que são curados facilmente e/ou rapidamente, ou aqueles pequenos que não doem muito, talvez não sejam suficientes para que as pessoas dêem à felicidade de não ter dor alguma, o seu devido valor!

Eu tenho uma ferida, o nome dela é Charles, também conhecido como Chachita pelos amigos, por Chalinho pela família, Chá ou Irmão por mim. Hoje a casquinha saiu...

Assisti ao filme "Nada Sou Sou" (é em japonês), inspirado na música de mesmo nome: 涙そうそう。

Me acabei de chorar... Em partes porque a história me fez lembrar um pouco da minha amizade com o meu irmão, de como ele me protegia e me mimava, das broncas que ele me dava e dos conselhos que me pedia. Mas chorei quase um litro foi com a letra da música no final do filme! 

A ferida abriu... doeu... chorei... lembrei... senti saudade... pensei... sorri...

Ele faz uma falta danada às vezes, mas por alguma razão, que ainda desconheço, alguém do outro mundo deve gostar muito de mim, porque foi enviado para a minha vida um anjo, que chegou na hora certa, me ajudou a superar tudo e me faz muito, muito, muito feliz mais e mais a cada dia. 

Um dia o cardiologista me disse que meu coração estava no limite do tamanho que poderia ter para uma pessoa saudável da minha idade e do meu tipo físico... Faço exames cardiológicos todos os anos e nunca foi constatado nada de errado. Então eu acho que ou aquele médico disse metafóricamente que tenho um coração muito grande, ou seja, sou uma boa pessoa, ou então, foi o meu coração burro que não entendeu a metáfora e ele literalmente ficou grandão, para caber os dois: de um lado o japonês cabeçudo que foi meu grande amigo e do outro lado o nordestino nerd que é o homem da minha vida. 

Haja coração, para dentro de uma japinha de 1,60m caber dois cabeçudos tão amados!



Nada Sou Sou 
Furui arubamu mekuri
Arigatou tte tsubuyaita
Itsumo itsumo mune no naka
Hagemashite kureru hito yo
Hare wataru hi mo ame no hi mo
Ukabu ano egao
Omoide tooku asete mo
Omokage sagashite
Yomigaeru hi wa nada sousou

Ichiban hoshi ni inoru
Sore ga watashi nokuse ni nari
Yuugure ni miageru sora
Kokoro ippai anata sagasu
Kanashimi ni mo yorokobi ni mo
Omou ano egao
Anata no basho kara watashi ga
Mietara kitto itsuka
Aeru to shinji ikite yuku

Hare wataru hi mo ame no hi mo
Ukabua no egao
Omoide tooku asete mo
Samishikute koishikute
Kimi he no omoi nada sousou
Aitakute aitakute
Kimi he no omoi nada sousou

Lágrimas Caem
Folheando um album velho
Murmurei "obrigada"
Sempre dentro do meu coração
voce é a pessoa que me encoraja
Mesmo chovendo, ou estando ensolarado
me lembro daquele sorriso
Mesmo que as memórias fiquem longe
eu procuro por alguma lembrança
E no dia que encontro, as lágrimas escorrem

Orar para a primeira estrela
Isto se tornou meu hábito
E no céu do crepúsculo
Eu te procuro com todo o meu coração
Na alegria e na tristesa,
Eu penso no seu sorriso
Se do seu lugar voce me enxergar
Eu vou viver acreditando que
um dia vamos nos encontrar

Mesmo chovendo, ou estando ensolarado
me lembro daquele sorriso
Mesmo que as memórias fiquem longe...
Estou tão sozinha, com tanta saudade
Os meus sentimentos por voce me fazem chorar
Eu quero tanto te ver
Que os meus sentimentos por voce me fazem chorar




segunda-feira, 16 de maio de 2011

EXATAMENTE JAPONESA!!!

Já escrevi bastante sobre a grande virada na minha vida, sobre voltar a tomar o controle da situação, espantar o medo de errar, aceitar que sou humana e, portanto, sujeita a erros como qualquer outra pessoa, já falei bastante sobre voltar a dirigir, sobre recomeçar, sobre a minha pós graduação...

Mas a verdade é que eu ainda não tinha tido tempo de comentar sobre a pós mesmo.

Agora estou num gap relativamente tranquilo, entre um ciclo e outro... SIM!!! Dá pra acreditar que um ciclo inteirinho já se passou?!

'o_O

E eu sobrevivi!!!

\o/

Aliás, mais do que isso... Eu consegui terminar o ciclo, feliz da vida, suuuuuuper me encontrando em tudo o que estou estudando e fazendo, mega empolgada, com várias ideias para a minha monografia, para o meu mestrado, para o meu doutorado, para o meu pós-doutorado e para tudo o mais que planejo fazer.

Sinto que a vida está sorrindo mesmo para mim. Depois de "longo e tenebroso inverno", em que eu não conseguia ver nenhuma boa perspectiva de vida para mim, só conseguia pensar em conseguir logo um emprego e tocar a minha vidinha da forma mais medíocre possível, agora sinto que estou de volta! Eu mesma! A velha Sá está de volta, com seus sonhos e sua vontade de ser mais do que uma pessoa medíocre... Sempre ouvi as pessoas me dizendo que eu tinha um certo brilho especial, mas nos últimos anos, acho que escondi meu brilho em algum lugar muito obscuro dentro de mim, que estava tomado por uma grande desmotivação resultante de anos em que, digamos, meu intelecto foi deixado em stand by.

Não querendo dizer que eu me ache suuuper inteligente, na verdade, me acho bem mediana nesse aspecto, mas sou muito empolgada, gosto de estudar. E, de fato, passei alguns anos subestimando a minha capacidade também...

Há aproximadamente uma década, tomei uma decisão MUITO ESTÚPIDA. Cheguei à conclusão de que as Ciências Exatas eram muito difíceis pra mim, resolvi escolher uma graduação fácil, à qual não precisasse dedicar muito esforço, nem tempo. Decidi abolir as Exatas da minha vida e a partir daquele momento não queria nunca mais ver número e cálculos na minha frente. E aqui eu reforço o comentário anterior: MUITO ESTÚPIDA!!!!!

Incrível o que 10 anos fazem pela gente! Hoje sou outra pessoa, verdade seja dita, já com alguns sinais de expressão (risos), mas nada que o meu hidratante com filtro solar e ação anti-aging não possa dar um jeitinho. Mas falando sério, sobre o quanto mudei nessa última década, pensar que a cada ano que passa eu repito com mais frequência o mantra: "Nossa! A minha mãe tinha razão!". Há alguns anos, quando comecei a velejar, percebi como a Física é LINDA na prática; quando fiz o curso de laminação de fibra de vidro, fibra de carbono e kevlar, notei como a Química aplicada na vida real é FANTÁSTICA; e agora na pós graduação vejo como as Exatas me fazem falta, como gosto de estudar isso tudo e como eu me prejudiquei com aquele pensamento do passado, subestimando a minha capacidade.

E embora eu tenha um "fã clube" que diz que sou muito inteligente, que sou nerd, que sou demais etc. (risos), uma parte considerável das pessoas que me cercam vê em mim não muito mais do que uma garota mimadinha, fresquinha, uma verdadeira "patricinha"!

Para essas pessoas tem sido uma surpesa ainda maior do que para mim. E graças a elas, sinto-me algumas vezes como a Elle Woods (Reese Witherspoon) de LEGALMENTE LOIRA. Sofri, sim, algum preconceito, por ser uma Relações Públicas fazendo uma pós graduação com um certo foco em tecnologia, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. As pessoas me olharam como se eu fosse um alien, algumas disseram na minha cara que eu deveria desistir e fazer um curso mais fácil porque aquele não era o meu lugar. Mas eu sinto pena dessas pessoas...

...porque eu acredito que o lugar certo de uma pessoa é onde ela se sente bem e, cá entre nós, estou muito bem lá na POLI. O fato de eu originalmente não ser de um curso de Exatas só vem provar ainda mais o meu valor, em superar expectativas e preconceitos, alheios e os meus próprios! Eu sei o porquê de estar cursando específicamente esta pós na POLI, sei que é porque eu QUERO ter mais conhecimento técnico, pois como profissional de comunicação, acho péssimos aqueles que querem comunicar sobre determinado assunto sem ter nenhum conhecimento real da área. Eu sei que estou aqui porque quero alçar voos mais altos, quero fazer meu mestrado na Oceanografia, quero trilhar caminhos onde nenhum comunicólogo jamais esteve! (risos)

Brincadeira à parte, mas a minha história tem se mostrado muito parecida com a da Elle Woods mesmo, pois as minhas blusinhas com desenhos da Disney, de animê, de mangá e de jogos de video-game, bem como a minha bolsa da Pucca cheia de chaveirinhos não dizem absolutamente nada a respeito da minha maturidade ou da minha capacidade. O que temos de mais valioso e que diz realmente sobre maturidade e capacidade, está dentro, onde ninguém pode ver. O que determina a minha maturidade é o fato de assumir e cumprir com as minhas responsabilidades e, quanto à minha capacidade intelectual não preciso expor como um banner colorido, basta que eu conquiste meus objetivos.

Agora que eu calculo a toxicidade crônica e aguda de efluentes industriais só com a lapiseira e a calculadora científica, sem nem usar o software no computador (!!!!); agora que finalmente entendi aquele papo do Fozzy sobre membranas e a osmose reversa; agora que a Química, a Física e (quem diria!) a Estatística não me assustam mais... Agora sim, estou fazendo jus ao tamanho da minha cabeça! (risos)

Eu nunca tinha entendido o motivo de eu ter uma cabeça tão grande!! (risos)

E se até há alguns meses a minha vida só podia ser comparada aos contos de fada com aquelas princesinhas super frufrus e seus príncipes encantados, com o "Happily Ever After" que, diga-se de passagem, NUNCA foi um fim convincente, ou alguém realmente acredita que com uma linda princesinha burrinha e um príncipe lindo, vazio e narcisita o "Felizes para sempre" é possível!! Isso é história pra criança dormir, né?!

Hoje os tempos são outros, o meu "príncipe" é um nerd, trabalha pra caramba, estuda muuuuito, me apóia em todas as minhas decisões sobre trabalho e estudos, cozinha pra mim, me mima, realmente me trata como uma princesa! E eu sou a "princesinha" meio ogra, não sou exatamente muito fina, sem dúvida sou um tanto fresquinha e mimada, mas sou motivo de admiração e orgulho para os meus pais e para o meu namorido, estou buscando os meus sonhos e provando que sou mais do que aquele frufru de tempos atrás.

minha estação de trabalho
Só tenho uma dúvida: se o nome do filme da Elle Woods é LEGALMENTE LOIRA, a minha versão da história seria EXATAMENTE JAPONESA???!! (risos)

quinta-feira, 3 de março de 2011

risk of happiness

Eu acho um barato como eu vou para a aula da pós-graduação, estudar um assunto técnico, mas consigo voltar para casa pensando em toda a parte filosófica da aula!

Segunda-feira: aula de Técnicas de Identificação de Aspectos e Gerenciamento de Risco Ambiental. Só de ler o nome da matéria já dá pra descobrir que eu devo ser meio maluquinha de ter achado alguma filosofia nisso aí, né?!

Mas a aula começou com a definição de RISCO. Depois de alguma discussão, ficou mais ou menos assim: é a probabilidade de ocorrer um acontecimento que cause um impacto em objetivos anteriormente traçados. E cabe a ressalva de que pode ser um impacto positivo ou negativo.

Daí o professor disse que viver é correr riscos e ilustrou dizendo que se você sai de casa, está correndo o risco de ser assaltado ou atropelado ou de bater o carro, mas se fica em casa, corre o risco de o teto cair, de ocorrer uma enchente, de um caminhão invadir o seu quintal, ou de você escorregar no banheiro, bater a cabeça e ter um traumatismo craniano. (risos)

Pronto, agora já dá para ver que voltei para casa pensando no assunto, né?!

E, de fato, sempre que fazemos uma escolha na vida, estamos correndo riscos. Mesmo quando escolhermos não fazer nada, há muito risco envolvido. Não necessariamente falando de catástrofes como as que o professor citou na aula, mas pensando em acontecimentos da vida.

Você escolhe namorar uma determinada pessoa, mas é um risco, porque você talvez não a conheça tão bem, ou talvez ela mude depois de começarem a namorar, ou ainda, talvez ela não seja a pessoa certa e daí você vai perder seu tempo se dedicando a um relacionamento sem futuro.

Mas se você tiver medo de fazer as escolhas erradas e não se arriscar a namorar com determinada pessoa, ainda há o risco de você estar perdendo a pessoa da sua vida, ou mesmo que não seja a pessoa da sua vida, você pode estar perdendo a oportunidade de se relacionar de forma mair próxima com uma pessoa muito legal e passar por muitos bons momentos, mesmo que seja só uma fase.

Quando somos obrigados a escolher a profissão que teremos para o resto das nossas vidas!!! (risos) Parece muito trágico, mas é assim que soa quando temos que decidir para que área vamos prestar o vestibular, não é?! Olha o tamanho do risco que corremos de não dar certo! (risos) Mas é preciso escolher algo... Mesmo que a escolha seja fazer cursinho até ter certeza do que quer (mas eu acho que a certeza nunca vem! - risos)

Em cada escolha que fazemos em nossas vidas, decidimos não apenas os caminhos a serem seguidos, como também os riscos que estamos dispostos a correr para alcançar nossos objetivos. E se o risco é alto demais ou não, é uma questão extremamente subjetiva, depende dos nossos valores, dos nossos sonhos, do que temos e do que estamos dispostos a perder ou do que desejamos muito ganhar. Escolher é correr riscos, viver é fazer escolhas e viver é correr riscos. É absolutamente aceitável correr riscos em função da felicidade, sendo assim, a cada escolha, além de analisarmos os riscos de impacto negativo, também precisamos analisar o impacto positivo que é o que nos impulsiona a seguir em frente sempre: o risco de ser feliz...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

saudade do impossível

A saudade que eu sinto não é do passado.

Tudo o que vivi, foi completo, preencheu cada espacinho da alma. As lembranças são como filmes que passam na minha mente, dando a certeza de um vida feliz e sem arrpendimentos.

A saudade que eu sinto é do que eu nunca vou viver...

Quando penso no meu irmão, sinto saudade da velejada deliciosa juntos, que nunca aconteceu e não acontecerá; saudade de ir para a praia sendo eu a motorista, sendo que só comecei a dirigir depois que ele faleceu; saudade das conversas que ainda teríamos; saudade de irmos juntos aos shows que ainda vão rolar; e das viagens juntos que não faremos mais...

Pensando bem, sempre que senti saudade de alguém na minha vida, não era pensando no passado, mas sempre no presente, no que eu gostaria de estar fazendo AGORA com essa pessoa ou no que gostaria de fazer AMANHÃ.

Interessante pensar que a gente costuma associar a ideia de SAUDADE ao passado... Seria a tal nostalgia...

Não sei se é normal, mas eu, pelo menos, sinto mesmo é a enorme saudade de tudo o que eu jamais poderei viver.

A SAUDADE é um sonho incompleto, um desejo de algo impossível, como estar junto de alguém distante, ou viver uma determinada situação que não poderá mais ser vivida... A saudade é um vazio no presente que tento preencher com um plano para o futuro baseado em uma lembrança do passado, é provavelmente o sentimento mais difícil de explicar e mais complexo devido a sua falta de materialidade.

Saudade é tão forte, tão doloroso e tão delicioso quanto amar. É uma mistura estranha de sensações, um jeito que a alma da gente tem de mostrar que está lá dentro e que tem necessidades, naqueles momentos em que nos dedicamos demais ao mundo exterior e esquecemos que dentro de nós há um Universo inteiro que também precisa de cuidados e atenção.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

abdômen indefinido

Eu tenho abdômen indefinido! E com que orgulho eu proclamo isso... Pois nessa indefinição reside um significado muito mais profundo: a minha felicidade!

Lógico que não serei hipócrita de dizer que NUNCA desejei ter um abdômen definido e sarado... 

=p

Quis, sim! Mas não quero mais...

Um dia eu disse para o meu namorido que eu queria ter o abdômen da Jennifer Aniston. Na mesma hora ele retrucou: "Você sabe que ela jamais poderia comer essa pratada de yakissoba que você está devorando nesse exato momento, né?!". Nesse instante eu pensei: "Céus!!! Ele tem razão... Essas mulheres de corpos esculturais, podem até dizer por aí que comem de tudo e tals, mas eu tenho certeza de que nenhuma delas poderia se alimentar como eu me alimento, pois então elas também teriam abdômens indefinidos!". (risos)

Desde aquele dia parei para pensar na quantidade de coisas legais que eu posso fazer por não ser uma escrava da moda, da beleza ou das convenções sociais... Eu me dei conta do quão feliz eu sou por não ter um corpo escultural, fama e não ser vista pela sociedade como uma pessoa normal! (risos)

Eu posso devorar um pratão de batata, comer meia pizza tamanho família, três pratadas de feijoada... Lógico que não é de uma só vez, né?! (risos) Mas eu posso comer o que eu quiser e na quantidade que eu quiser, só preciso me controlar às vezes por causa da diabetes, mas os exercícios físicos ajudam a manter a glicemia controlada sem eu precisar me render às dietas. 

E quanto aos exercícios físicos... NADA de academia (acho uma chatice!!). Eu velejo sempre que São Pedro e o Deus Éolos permitem (gostaram do sincretismo, né?? risos), eu escalo sempre que São Pedro (é que às vezes ele alaga o meio do caminho!! Não esqueçam que eu moro em São Paulo!! risos) permite, eu faço pilates duas vezes por semana (antes eram 3, mas é muito caro!! risos). Isso sem falar em aulas de mergulho, planejamento pra fazermos tracking e outras coisas mais que o casal aqui tá sempre tentando por em prática...

A gente não faz poupança pra casar... Sempre que sobra um dinheirinho a mais e aparece uma boa oportunidade, a gente viaja! Com seis anos de namoro, já tivemos umas 5 luas de mel... (risos). Isso sem falar que enquanto todo mundo fala em comprar casa ou carro, a gente foi e comprou logo um veleiro, né?! (risos)

O namorido me chama de "Gorda", daí sempre que ele me chama no meio de uma loja ou restaurante, TODAS as mulheres do recinto olham para ele, na sequência olham para mim e depois voltam a olhar para ele com cara de raiva, mas quando percebem que eu correspondo ao chamado, olham para mim de novo com cara de ódio! (risos) E ele fala todo orgulhoso pra todo mundo que a "Gorda" dele come mais do que ele quando a gente vai para restaurantes.

E enquanto nossos amigos se descabelam com preparativos de casamento ou com a difícil arte de viver a dois, a gente planeja a próxima velejada, ou a próxima escalada... Enquanto as pessoas gastam dinheiro cm buffet e com quinquilharias para casa, a gente gasta dinheiro com equipamento de mergulho, de vela, de escalada, com viagens, com restaurantes...

Daí tem gente que critica e diz que a gente não pensa no amanhã!

Quem não pensa no amanhã é gente que vive por aí se endividando no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos, consórcio etc. A gente pensa! Não temos nem sequer UMA dividazinha... Mas eu não entendo o porquê de deixar de curtir uma boa oportunidade que temos HOJE para fazer um "pé de meia" para o AMANHÃ! Gente, mas e se o AMANHÃ não chegar?! E se AMANHÃ eu estiver muito velha, ou doente para curtir alguma coisa?

É a mesma coisa que me leva a pensar sobre o porquê deixar de comer as coisas que eu tenho vontade de comer HOJE, pensando na barriguinha sarada de AMANHÃ... Sendo que o AMANHÃ pode demorar. E, de qualquer forma, AMANHÃ a gravidade não vai perdoar e tudo vai despencar, daí não vai adiantar muito ter um abdômen definido e o resto todo murcho e despencado, né?!

Eu prefiro que o meu abdômen indefinido continue a refletir o quão intensamente eu aproveito a vida; prefiro que os cabelos brancos que já surgem aos poucos (mas eu tinjo todo mês! risos) me lembrem de cada bom momento que vivi; prefiro que as rugas que um dia aparecerão sejam os meus troféus por cada vitória que a felicidade tenha da minha vida; e prefiro rir de todas as besteiras que eu já fiz na vida, do que chorar o arrependimento de quem nunca errou...

Felizes são os abdômens indefinidos, as gorduras localizadas (pelo menos elas estão localizadas, né?! Já pensou se estivessem perdidas?? risos), as cicatrizes, os ossos quebrados e remendados de quem sabe viver, se estabacar e continuar a viver...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quinas de móveis que agridem os nossos dedinhos mindinhos dos pés são as maiores vilãs na busca pela solução dos problemas do mundo

O Eddie (meu cachorro), eventualmente sente uma necessidade de comer as plantas que a minha mãe cultiva no quintal. Não quaisquer plantas, ele já comeu babosa, bálsamo e mais uma grande quantidade dessas plantas ditas medicinais. Ninguém disse pro Eddie que essas plantas são medicinais! Ele é quem vai lá fuçar os vasos e escolhe o que comer. 

No começo o Eddie levava muita bronca por causa disso. A minha mãe tomava essa atitude dele como uma afronta pessoal. No entanto, certa vez, notamos que logo depois de comer a planta, ele correu para a varandinha que dava acesso à porta da frente da casa (e que costumava ficar fechada, pois quando estávamos somente entre as pessoas da casa, usávamos somente a porta dos fundos para não sujar muito a casa, porque a minha mãe é meio neurótica com limpeza!) e ele ficava lá sentado, quietinho e toda vez que ele via alguém se aproximar, ele começava a tremer e dar uma das patinhas. Achamos bem engraçado, pois com o tempo descobrimos que aquele era o jeito de ele mesmo se colocar de castigo naquele lugar (ele não saía de lá até a gente chamar) e dar a patinha era a forma de pedir desculpas, porque ele sabia que tinha feito algo errado, comendo a plantinha da "mamãe", mas o faz mesmo assim, devido a uma necessidade muito grande de comer aquela planta.

Mudamos de casa, mas até hoje o Eddie faz visitas aos vasos, eventualmente, e depois fica pedindo desculpas pra minha mãe, dando as patinhas pra ela. Mas o que leva o cachorro a fazer algo que ele sabe que é errado, para depois ficar pedindo desculpas? Talvez seja a mesma coisa que nos faz (nós, seres humanos, que nos gabamos tanto das nossas capacidades intelectuais) agir de forma considerada errada, sabendo que não é certo, mas motivados por uma necessidade particular que nos parece muito mais urgente.

O Eddie provavelmente usa as plantinhas para se sentir melhor depois de comer algo que não o fez sentir-se muito bem. E nós, eventualmente, agimos de forma errada, por considerarmos que nossas necessidades são sempre mais urgentes ou maiores do que as dos outros.

Outro dia li um artigo de uma Relações Públicas que trabalha na área ambiental, dizendo que a questão da educação ambiental é muito complicada no Brasil, pois o brasileiro costuma colocar suas necessidades acima das suas convicções. Por exemplo: 17h, o ônibus passa 17h05, o funcionário que ficou por último precisa levar determinado material para descarte adequado em outra seção, mas se o fizer perderá o ônibus de 17h05, terá de esperar o de 18h e já prevê a briga com a esposa por causa do atraso para o jantar, nesse caso, para evitar o atrito no relacionamento e para a própria comodidade, descarta o material em outro local, mais perto, também para resíduos, mas não para aquele tipo específico que ele está descartando e pensa que só dessa vez não será problema. Em outras palavras, o funcionário do exemplo prefere deixar a educação ambiental de lado e dar preferência a não se indispor com a esposa.

Concordo em partes com a autora do artigo, na verdade, discordo da afirmação de serem os brasileiros apontados como os únicos que colocam suas necessidades acima de suas convicções. Acredito que isso seja uma atitude natural, dos animais, de forma geral, incluindo o homem.

Para que a questão ambiental, por exemplo, pudesse ser levada mais a sério, seria necessário transformá-la em uma necessidade da base da pirâmide (lembram de Maslow? - risos).  

Mas voltando ao foco do post. É fato que às vezes nós vemos na TV ou lemos nos jornais notícias de pessoas que colocam as próprias vidas em risco para salvar outras, vemos atitudes que são realmente heróicas e que nos fazem pensar se nós seríamos capazes de um feito semelhante. Por outro lado, também já foram relatados casos de cadelas que adotaram gatinhos orfãos ou de uma tigresa que adotou cachorrinhos orfãos e animais que se sacrificaram para salvar seus donos e etc.

Afinal, somos todos iguais? Não tinha uma história de que nós, seres humanos, nos destacamos por termos o polegar opositor e o encéfalo desenvolvido?! Então nós não deveríamos agir pela razão em vez de nos deixarmos levar pelos instintos?

Pensando nos instintos como uma reação natural a uma necessidade urgente.

Lógico que é difícil pensar na paz mundial, nas mudanças climáticas e na fome no mundo, quando batemos o dedinho mindinho do pé na quina de um móvel! (risos) Mas não seria nada mal se em outras situações sobre as quais tivéssemos mais controle, pudéssemos pensar primeiro nos nossos deveres e responsabilidades.

Uma vez o meu namorido disse que se as pessoas falassem menos em direitos e mais em deveres, o mundo seria melhor.

Agree!!!!

\o/

Todo mundo quer ter direitos, mas ninguém gosta de ter deveres. Mas se cada pessoa, ao invés de reclamar seus direitos, cumprisse com seus deveres, naturalmente todos os direitos estariam assegurados... 

Mas só de falar em deveres e responsabilidades, em compromissos e obrigações, tem gente que já se arrepia! Outros tantos só de ver o caminho que estou tomando nesse texto, acabaram de sair da página sem nem ao menos me dar a chance de concluir alguma coisa aqui. Mas eu acho que pode ser um problema de nomenclatura!

Sabe quando vamos participar de um processo seletivo e daí o aplicador das dinâmicas de grupo pergunta: "Quais são suas maiores qualidades e quais são os aspectos que você precisa melhorar?". Pronto! É isso, a mesma coisa... Seria tão mais fácil perguntar: "Quais suas qualidades e quais os seus defeitos?". Mas ninguém ia querer responder defeitos, né?! Ou quando alguém diz: "Sua mãe é fofinha, né?!", dá vontade de responder: "é, ela é gorda, mas é genético, já viu meus pneus?". Diga-se de passagem, pneu está aí pra não dizer "banha", né?! (risos).

Tá, esse último parágrafo está aí só pra ilustrar como no dia-a-dia a gente acaba fazendo umas adaptações de nomenclatura, só pra não assustar muito aqueles de coração mais fraco! (risos)

Então e se em vez de falar em "obrigações", "responsabilidades", "deveres", "compromissos", falássemos em "liberdade" de escolher fazer a coisa certa; "ética" para agir na vida pessoal e profissional, "poder" de transformar o mundo; "habilidade" de ser um bom exemplo e influenciar pessoas... Deu pra notar que estou falando da mesma coisa, só que estou fazendo parecer muito mais legal agora?

As pessoas gostam de sentir que elas estão no controle e que é uma opção delas mesmas e não um dever imposto ou uma obrigação moral o que as leva a agir. Essa pequena mudança de nomenclatura, o jeitinho de falar as coisas, faz toda a diferença, massageia o ego do cidadão. (risos) 

OK, eu sei que o ego e o sentimento de realização estão lá no topo da pirâmide (lá vou eu com o Maslow de novo!! - risos), mas o Maslow e os outros teóricos da administração que trataram desse assunto das necessidades que me desculpem, o fato é que não é difícil encontrarmos pessoas que colocam o ego, a realização pessoal e profissional, a sua auto-imagem, como necessidades mais importantes até do que as tais necessidades básicas/ fisiológicas: comer, dormir, respirar...

Então, da próxima vez que quiser bancar o "esperto", atravessando a rua a 2 metros da faixa de pedestre; quando por preguiça de ir até a lixeira que fica a 5 metros de você, jogar o lixo no chão mesmo; quando deixar o cachorro fazer cocô na rua e fizer de conta que não viu; quando estacionar o carro na vaga de deficiente ou de idoso (sem estar nessas categorias); ou quando fingir que está dormindo no transporte público lotado só para não dar lugar a idosos, grávidas e deficientes que acabaram de embarcar; lembre-se: você não é um cachorro! Você pode escolher tomar a atitude certa. O seu poder de decisão é mais evoluído que o dos outros animais, você não precisa colocar a sua necessidade como algo maior do que as necessidades dos outros. Você não precisa ser egoísta, você é um ser dotado de inteligência suficiente para tomar as decisões corretas. E olha, que como eu já disse antes, às vezes até mesmo os outros animais nos surpreendem com atitudes altruístas.

E antes que você pense coisas como "todo mundo faz isso, então eu também posso" ou "eu não sabia que isso era errado", eu só gostaria de comentar que agir de determinada maneira porque "todo mundo" age assim, é coisa de gente com capacidade intelectual menor do que a de um hamster (o Murphy, meu falecido hamster, pelo menos agia por vontade própria e não porque copiava as ações dos outros!); e não saber que certas atitudes são erradas faz de você um ser menos consciente do que o meu cachorro, porque o Eddie pelo menos aprendeu a pedir desculpas! 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ovos fritos, sorrisos caninos e outros milagres

Lembram do vizinho que tomou um tiro na cabeça (do post "Tubarões, ervilhas e assaltantes")? Uma semana depois ele voltou para casa dirigindo o carro dele!!!! 'o_O

Sim, é verdade... E é assustador, eu sei! 

Os médicos e as fofoqueiras do bairro falam em MILAGRE. (poxa! fica difícil de não acreditar em milagres mesmo, como pode o cara tomar um tiro na cabeça na quarta-feira, passar  por cirurgia para desalojar a bala, ficar na UTI e tudo o mais e na quinta-feira da semana seguinte à do tiro, ele aparece dirigindo o carro, brincando com os cachorros, sem nenhuma sequela, como se nada tivesse acontecido - além da cabeça raspada e o curativo perto da nuca?!?!)

Por outro lado, na semana passada minha mãe conversou com uma amiga da família, que contou uma história também assustadora, mas com sentido negativo dessa vez: a irmã dela, estava na própria casa, descendo as escadas quando faltavam apenas 3 degraus para chegar ao térreo, ela escorregou, caiu e bateu a cabeça. Resultado: traumatismo craniano, rachou parte do crânio, não reconhece ninguém e está sob efeito de muitos medicamentos para tentar diminuir o edema no cérebro! 'o_O

Antes que esse post tome o mesmo rumo do post "Tubarões, ervilhas e assaltantes", que facilmente eu poderia seguir por esse caminho, vou colocar aqui uma discussão muito mais profunda e controversa: milagres existem?

Sim, porque se eles existem, o meu vizinho passou na fila duas vezes e deixou a irmã da amiga da minha família sem o dela, né?! E se milagres não existem, o meu vizinho é a pessoa mais sortuda de que já ouvi falar, porque ganhar na mega-sena não se compara a ganhar a própria vida de volta!

Outro dia, li, na folhinha da Seicho no ie que minha mãe deixa na cozinha, uma frase interessante, dizia mais ou menos assim: Os milagres divinos estão por toda parte, mas poucos são os que conseguem enxergá-los. (acompanhando a frase havia a foto de uma baleia jubarte imensa com o filhote em um mar azul escuro muito lindo e o céu ensolarado).

Refletindo sobre a frase e a imagem, parei para pensar também na minha religião, que vê os elementos da natureza como divindades e os fenômenos naturais como manifestações do poder e da vontade divina. Daí me ocorreu que aquela imagem que acompanhava a frase, explicava exatamente o significado que a pessoa que escreveu a frase queria expressar: aquele mar azul tão maravilhoso, a maternidade, aquele belo céu ensolarado, tudo isso eram milagres divinos, mas para algumas pessoas isso tudo poderia ser apenas água, céu e dois animais.

Então talvez os milagres existam somente para aqueles que acreditam na sua existência. Para uma pessoa que crê em milagres, eles se manifestam em cada pequena coisa do dia a dia, em situações até rotineiras, como por exemplo no momento de acordar (para algumas pessoas é preciso mais do que um milagre para acordar, né?! - risos), ou quando duas pessoas se apaixonam, na gestação de uma mulher, no sorriso do cachorro (o meu sorri o tempo todo! - risos) etc. Mas para aquele que não crê, nem mesmo a espetacular recuperação do meu vizinho pode ser considerada um milagre!

Todas as manhãs, quando acordo, antes mesmo de abrir os olhos, a primeira coisa que faço é mentalmente agradecer pela minha vida, por mais um dia para lutar pelos meus sonhos. Eu vejo milagres o tempo todo, até na cozinha, quando minha madrinha acerta fazer um ovo frito sem destruí-lo (risos). 

Até mesmo quando a situação parece ser terrível, ainda tento descobrir qual o milagre por trás disso tudo. Por exemplo, a moça com traumatismo craniano, quem vai dizer que não existe um lado positivo até nisso, de repente alguma lição de vida para familiares ou uma lição de superação para ela mesma, afinal, quem consegue sair de uma situação dessa, não tem nunca mais motivos para não acreditar nas próprias capacidades. Enfim, ainda não sei qual será o milagre que sairá dessa história, mas tenho certeza de que há algo de bom por trás de uma situação a princípio tão trágica.

Então eu acredito em milagres! Como não acreditar diante do sorriso do Eddie (meu cachorro), do ovo frito (quando dá certo) da minha madrinha e de toda a beleza da minha cara amassada e babada todos os dias de manhã?! 

é difícil de tirar uma foto dele sorrindo...
quando ele vê a câmera logo faz pose!


vou tentar pegá-lo de surpresa... se conseguir, posto a foto em outro post...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Teste do Espelho

Quando você pára na frente de um espelho, qual a primeira coisa que você faz?

a) arruma o cabelo
b) vira de costas e contorce o corpo para ver sua própria bunda (é bizarro, eu sei, mas já vi um monte de mulheres fazendo isso em banheiros públicos)
c) espreme uma espinha (mesmo que seja uma imaginária)
d) faz caretas ou posa como se fosse tirar uma foto para uma revista
e) se xinga
f) sorri para você mesmo
g) outro (por favor, coloque sua resposta nos comentários)

É um teste, embora eu não tenha a análise para cada resposta dada, mas acho que vale a pena pensar sobre o resultado. Observando todas as respostas possíveis e pensando na sua própria resposta, acho que dá pra pensar um pouco sobre a sua personalidade ou a forma como tem encarado a si mesmo e a sua vida...

By the way, quem quiser compartilhar a resposta colocando nos comentários, eu acho legal! E a minha resposta é letra F. (Juro que não sei o motivo, só sei que toda vez que vejo minha imagem em um espelho a primeira coisa que faço ou penso em fazer é sorrir pra mim mesma!)

=D