quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

saudade do impossível

A saudade que eu sinto não é do passado.

Tudo o que vivi, foi completo, preencheu cada espacinho da alma. As lembranças são como filmes que passam na minha mente, dando a certeza de um vida feliz e sem arrpendimentos.

A saudade que eu sinto é do que eu nunca vou viver...

Quando penso no meu irmão, sinto saudade da velejada deliciosa juntos, que nunca aconteceu e não acontecerá; saudade de ir para a praia sendo eu a motorista, sendo que só comecei a dirigir depois que ele faleceu; saudade das conversas que ainda teríamos; saudade de irmos juntos aos shows que ainda vão rolar; e das viagens juntos que não faremos mais...

Pensando bem, sempre que senti saudade de alguém na minha vida, não era pensando no passado, mas sempre no presente, no que eu gostaria de estar fazendo AGORA com essa pessoa ou no que gostaria de fazer AMANHÃ.

Interessante pensar que a gente costuma associar a ideia de SAUDADE ao passado... Seria a tal nostalgia...

Não sei se é normal, mas eu, pelo menos, sinto mesmo é a enorme saudade de tudo o que eu jamais poderei viver.

A SAUDADE é um sonho incompleto, um desejo de algo impossível, como estar junto de alguém distante, ou viver uma determinada situação que não poderá mais ser vivida... A saudade é um vazio no presente que tento preencher com um plano para o futuro baseado em uma lembrança do passado, é provavelmente o sentimento mais difícil de explicar e mais complexo devido a sua falta de materialidade.

Saudade é tão forte, tão doloroso e tão delicioso quanto amar. É uma mistura estranha de sensações, um jeito que a alma da gente tem de mostrar que está lá dentro e que tem necessidades, naqueles momentos em que nos dedicamos demais ao mundo exterior e esquecemos que dentro de nós há um Universo inteiro que também precisa de cuidados e atenção.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

abdômen indefinido

Eu tenho abdômen indefinido! E com que orgulho eu proclamo isso... Pois nessa indefinição reside um significado muito mais profundo: a minha felicidade!

Lógico que não serei hipócrita de dizer que NUNCA desejei ter um abdômen definido e sarado... 

=p

Quis, sim! Mas não quero mais...

Um dia eu disse para o meu namorido que eu queria ter o abdômen da Jennifer Aniston. Na mesma hora ele retrucou: "Você sabe que ela jamais poderia comer essa pratada de yakissoba que você está devorando nesse exato momento, né?!". Nesse instante eu pensei: "Céus!!! Ele tem razão... Essas mulheres de corpos esculturais, podem até dizer por aí que comem de tudo e tals, mas eu tenho certeza de que nenhuma delas poderia se alimentar como eu me alimento, pois então elas também teriam abdômens indefinidos!". (risos)

Desde aquele dia parei para pensar na quantidade de coisas legais que eu posso fazer por não ser uma escrava da moda, da beleza ou das convenções sociais... Eu me dei conta do quão feliz eu sou por não ter um corpo escultural, fama e não ser vista pela sociedade como uma pessoa normal! (risos)

Eu posso devorar um pratão de batata, comer meia pizza tamanho família, três pratadas de feijoada... Lógico que não é de uma só vez, né?! (risos) Mas eu posso comer o que eu quiser e na quantidade que eu quiser, só preciso me controlar às vezes por causa da diabetes, mas os exercícios físicos ajudam a manter a glicemia controlada sem eu precisar me render às dietas. 

E quanto aos exercícios físicos... NADA de academia (acho uma chatice!!). Eu velejo sempre que São Pedro e o Deus Éolos permitem (gostaram do sincretismo, né?? risos), eu escalo sempre que São Pedro (é que às vezes ele alaga o meio do caminho!! Não esqueçam que eu moro em São Paulo!! risos) permite, eu faço pilates duas vezes por semana (antes eram 3, mas é muito caro!! risos). Isso sem falar em aulas de mergulho, planejamento pra fazermos tracking e outras coisas mais que o casal aqui tá sempre tentando por em prática...

A gente não faz poupança pra casar... Sempre que sobra um dinheirinho a mais e aparece uma boa oportunidade, a gente viaja! Com seis anos de namoro, já tivemos umas 5 luas de mel... (risos). Isso sem falar que enquanto todo mundo fala em comprar casa ou carro, a gente foi e comprou logo um veleiro, né?! (risos)

O namorido me chama de "Gorda", daí sempre que ele me chama no meio de uma loja ou restaurante, TODAS as mulheres do recinto olham para ele, na sequência olham para mim e depois voltam a olhar para ele com cara de raiva, mas quando percebem que eu correspondo ao chamado, olham para mim de novo com cara de ódio! (risos) E ele fala todo orgulhoso pra todo mundo que a "Gorda" dele come mais do que ele quando a gente vai para restaurantes.

E enquanto nossos amigos se descabelam com preparativos de casamento ou com a difícil arte de viver a dois, a gente planeja a próxima velejada, ou a próxima escalada... Enquanto as pessoas gastam dinheiro cm buffet e com quinquilharias para casa, a gente gasta dinheiro com equipamento de mergulho, de vela, de escalada, com viagens, com restaurantes...

Daí tem gente que critica e diz que a gente não pensa no amanhã!

Quem não pensa no amanhã é gente que vive por aí se endividando no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos, consórcio etc. A gente pensa! Não temos nem sequer UMA dividazinha... Mas eu não entendo o porquê de deixar de curtir uma boa oportunidade que temos HOJE para fazer um "pé de meia" para o AMANHÃ! Gente, mas e se o AMANHÃ não chegar?! E se AMANHÃ eu estiver muito velha, ou doente para curtir alguma coisa?

É a mesma coisa que me leva a pensar sobre o porquê deixar de comer as coisas que eu tenho vontade de comer HOJE, pensando na barriguinha sarada de AMANHÃ... Sendo que o AMANHÃ pode demorar. E, de qualquer forma, AMANHÃ a gravidade não vai perdoar e tudo vai despencar, daí não vai adiantar muito ter um abdômen definido e o resto todo murcho e despencado, né?!

Eu prefiro que o meu abdômen indefinido continue a refletir o quão intensamente eu aproveito a vida; prefiro que os cabelos brancos que já surgem aos poucos (mas eu tinjo todo mês! risos) me lembrem de cada bom momento que vivi; prefiro que as rugas que um dia aparecerão sejam os meus troféus por cada vitória que a felicidade tenha da minha vida; e prefiro rir de todas as besteiras que eu já fiz na vida, do que chorar o arrependimento de quem nunca errou...

Felizes são os abdômens indefinidos, as gorduras localizadas (pelo menos elas estão localizadas, né?! Já pensou se estivessem perdidas?? risos), as cicatrizes, os ossos quebrados e remendados de quem sabe viver, se estabacar e continuar a viver...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quinas de móveis que agridem os nossos dedinhos mindinhos dos pés são as maiores vilãs na busca pela solução dos problemas do mundo

O Eddie (meu cachorro), eventualmente sente uma necessidade de comer as plantas que a minha mãe cultiva no quintal. Não quaisquer plantas, ele já comeu babosa, bálsamo e mais uma grande quantidade dessas plantas ditas medicinais. Ninguém disse pro Eddie que essas plantas são medicinais! Ele é quem vai lá fuçar os vasos e escolhe o que comer. 

No começo o Eddie levava muita bronca por causa disso. A minha mãe tomava essa atitude dele como uma afronta pessoal. No entanto, certa vez, notamos que logo depois de comer a planta, ele correu para a varandinha que dava acesso à porta da frente da casa (e que costumava ficar fechada, pois quando estávamos somente entre as pessoas da casa, usávamos somente a porta dos fundos para não sujar muito a casa, porque a minha mãe é meio neurótica com limpeza!) e ele ficava lá sentado, quietinho e toda vez que ele via alguém se aproximar, ele começava a tremer e dar uma das patinhas. Achamos bem engraçado, pois com o tempo descobrimos que aquele era o jeito de ele mesmo se colocar de castigo naquele lugar (ele não saía de lá até a gente chamar) e dar a patinha era a forma de pedir desculpas, porque ele sabia que tinha feito algo errado, comendo a plantinha da "mamãe", mas o faz mesmo assim, devido a uma necessidade muito grande de comer aquela planta.

Mudamos de casa, mas até hoje o Eddie faz visitas aos vasos, eventualmente, e depois fica pedindo desculpas pra minha mãe, dando as patinhas pra ela. Mas o que leva o cachorro a fazer algo que ele sabe que é errado, para depois ficar pedindo desculpas? Talvez seja a mesma coisa que nos faz (nós, seres humanos, que nos gabamos tanto das nossas capacidades intelectuais) agir de forma considerada errada, sabendo que não é certo, mas motivados por uma necessidade particular que nos parece muito mais urgente.

O Eddie provavelmente usa as plantinhas para se sentir melhor depois de comer algo que não o fez sentir-se muito bem. E nós, eventualmente, agimos de forma errada, por considerarmos que nossas necessidades são sempre mais urgentes ou maiores do que as dos outros.

Outro dia li um artigo de uma Relações Públicas que trabalha na área ambiental, dizendo que a questão da educação ambiental é muito complicada no Brasil, pois o brasileiro costuma colocar suas necessidades acima das suas convicções. Por exemplo: 17h, o ônibus passa 17h05, o funcionário que ficou por último precisa levar determinado material para descarte adequado em outra seção, mas se o fizer perderá o ônibus de 17h05, terá de esperar o de 18h e já prevê a briga com a esposa por causa do atraso para o jantar, nesse caso, para evitar o atrito no relacionamento e para a própria comodidade, descarta o material em outro local, mais perto, também para resíduos, mas não para aquele tipo específico que ele está descartando e pensa que só dessa vez não será problema. Em outras palavras, o funcionário do exemplo prefere deixar a educação ambiental de lado e dar preferência a não se indispor com a esposa.

Concordo em partes com a autora do artigo, na verdade, discordo da afirmação de serem os brasileiros apontados como os únicos que colocam suas necessidades acima de suas convicções. Acredito que isso seja uma atitude natural, dos animais, de forma geral, incluindo o homem.

Para que a questão ambiental, por exemplo, pudesse ser levada mais a sério, seria necessário transformá-la em uma necessidade da base da pirâmide (lembram de Maslow? - risos).  

Mas voltando ao foco do post. É fato que às vezes nós vemos na TV ou lemos nos jornais notícias de pessoas que colocam as próprias vidas em risco para salvar outras, vemos atitudes que são realmente heróicas e que nos fazem pensar se nós seríamos capazes de um feito semelhante. Por outro lado, também já foram relatados casos de cadelas que adotaram gatinhos orfãos ou de uma tigresa que adotou cachorrinhos orfãos e animais que se sacrificaram para salvar seus donos e etc.

Afinal, somos todos iguais? Não tinha uma história de que nós, seres humanos, nos destacamos por termos o polegar opositor e o encéfalo desenvolvido?! Então nós não deveríamos agir pela razão em vez de nos deixarmos levar pelos instintos?

Pensando nos instintos como uma reação natural a uma necessidade urgente.

Lógico que é difícil pensar na paz mundial, nas mudanças climáticas e na fome no mundo, quando batemos o dedinho mindinho do pé na quina de um móvel! (risos) Mas não seria nada mal se em outras situações sobre as quais tivéssemos mais controle, pudéssemos pensar primeiro nos nossos deveres e responsabilidades.

Uma vez o meu namorido disse que se as pessoas falassem menos em direitos e mais em deveres, o mundo seria melhor.

Agree!!!!

\o/

Todo mundo quer ter direitos, mas ninguém gosta de ter deveres. Mas se cada pessoa, ao invés de reclamar seus direitos, cumprisse com seus deveres, naturalmente todos os direitos estariam assegurados... 

Mas só de falar em deveres e responsabilidades, em compromissos e obrigações, tem gente que já se arrepia! Outros tantos só de ver o caminho que estou tomando nesse texto, acabaram de sair da página sem nem ao menos me dar a chance de concluir alguma coisa aqui. Mas eu acho que pode ser um problema de nomenclatura!

Sabe quando vamos participar de um processo seletivo e daí o aplicador das dinâmicas de grupo pergunta: "Quais são suas maiores qualidades e quais são os aspectos que você precisa melhorar?". Pronto! É isso, a mesma coisa... Seria tão mais fácil perguntar: "Quais suas qualidades e quais os seus defeitos?". Mas ninguém ia querer responder defeitos, né?! Ou quando alguém diz: "Sua mãe é fofinha, né?!", dá vontade de responder: "é, ela é gorda, mas é genético, já viu meus pneus?". Diga-se de passagem, pneu está aí pra não dizer "banha", né?! (risos).

Tá, esse último parágrafo está aí só pra ilustrar como no dia-a-dia a gente acaba fazendo umas adaptações de nomenclatura, só pra não assustar muito aqueles de coração mais fraco! (risos)

Então e se em vez de falar em "obrigações", "responsabilidades", "deveres", "compromissos", falássemos em "liberdade" de escolher fazer a coisa certa; "ética" para agir na vida pessoal e profissional, "poder" de transformar o mundo; "habilidade" de ser um bom exemplo e influenciar pessoas... Deu pra notar que estou falando da mesma coisa, só que estou fazendo parecer muito mais legal agora?

As pessoas gostam de sentir que elas estão no controle e que é uma opção delas mesmas e não um dever imposto ou uma obrigação moral o que as leva a agir. Essa pequena mudança de nomenclatura, o jeitinho de falar as coisas, faz toda a diferença, massageia o ego do cidadão. (risos) 

OK, eu sei que o ego e o sentimento de realização estão lá no topo da pirâmide (lá vou eu com o Maslow de novo!! - risos), mas o Maslow e os outros teóricos da administração que trataram desse assunto das necessidades que me desculpem, o fato é que não é difícil encontrarmos pessoas que colocam o ego, a realização pessoal e profissional, a sua auto-imagem, como necessidades mais importantes até do que as tais necessidades básicas/ fisiológicas: comer, dormir, respirar...

Então, da próxima vez que quiser bancar o "esperto", atravessando a rua a 2 metros da faixa de pedestre; quando por preguiça de ir até a lixeira que fica a 5 metros de você, jogar o lixo no chão mesmo; quando deixar o cachorro fazer cocô na rua e fizer de conta que não viu; quando estacionar o carro na vaga de deficiente ou de idoso (sem estar nessas categorias); ou quando fingir que está dormindo no transporte público lotado só para não dar lugar a idosos, grávidas e deficientes que acabaram de embarcar; lembre-se: você não é um cachorro! Você pode escolher tomar a atitude certa. O seu poder de decisão é mais evoluído que o dos outros animais, você não precisa colocar a sua necessidade como algo maior do que as necessidades dos outros. Você não precisa ser egoísta, você é um ser dotado de inteligência suficiente para tomar as decisões corretas. E olha, que como eu já disse antes, às vezes até mesmo os outros animais nos surpreendem com atitudes altruístas.

E antes que você pense coisas como "todo mundo faz isso, então eu também posso" ou "eu não sabia que isso era errado", eu só gostaria de comentar que agir de determinada maneira porque "todo mundo" age assim, é coisa de gente com capacidade intelectual menor do que a de um hamster (o Murphy, meu falecido hamster, pelo menos agia por vontade própria e não porque copiava as ações dos outros!); e não saber que certas atitudes são erradas faz de você um ser menos consciente do que o meu cachorro, porque o Eddie pelo menos aprendeu a pedir desculpas! 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ovos fritos, sorrisos caninos e outros milagres

Lembram do vizinho que tomou um tiro na cabeça (do post "Tubarões, ervilhas e assaltantes")? Uma semana depois ele voltou para casa dirigindo o carro dele!!!! 'o_O

Sim, é verdade... E é assustador, eu sei! 

Os médicos e as fofoqueiras do bairro falam em MILAGRE. (poxa! fica difícil de não acreditar em milagres mesmo, como pode o cara tomar um tiro na cabeça na quarta-feira, passar  por cirurgia para desalojar a bala, ficar na UTI e tudo o mais e na quinta-feira da semana seguinte à do tiro, ele aparece dirigindo o carro, brincando com os cachorros, sem nenhuma sequela, como se nada tivesse acontecido - além da cabeça raspada e o curativo perto da nuca?!?!)

Por outro lado, na semana passada minha mãe conversou com uma amiga da família, que contou uma história também assustadora, mas com sentido negativo dessa vez: a irmã dela, estava na própria casa, descendo as escadas quando faltavam apenas 3 degraus para chegar ao térreo, ela escorregou, caiu e bateu a cabeça. Resultado: traumatismo craniano, rachou parte do crânio, não reconhece ninguém e está sob efeito de muitos medicamentos para tentar diminuir o edema no cérebro! 'o_O

Antes que esse post tome o mesmo rumo do post "Tubarões, ervilhas e assaltantes", que facilmente eu poderia seguir por esse caminho, vou colocar aqui uma discussão muito mais profunda e controversa: milagres existem?

Sim, porque se eles existem, o meu vizinho passou na fila duas vezes e deixou a irmã da amiga da minha família sem o dela, né?! E se milagres não existem, o meu vizinho é a pessoa mais sortuda de que já ouvi falar, porque ganhar na mega-sena não se compara a ganhar a própria vida de volta!

Outro dia, li, na folhinha da Seicho no ie que minha mãe deixa na cozinha, uma frase interessante, dizia mais ou menos assim: Os milagres divinos estão por toda parte, mas poucos são os que conseguem enxergá-los. (acompanhando a frase havia a foto de uma baleia jubarte imensa com o filhote em um mar azul escuro muito lindo e o céu ensolarado).

Refletindo sobre a frase e a imagem, parei para pensar também na minha religião, que vê os elementos da natureza como divindades e os fenômenos naturais como manifestações do poder e da vontade divina. Daí me ocorreu que aquela imagem que acompanhava a frase, explicava exatamente o significado que a pessoa que escreveu a frase queria expressar: aquele mar azul tão maravilhoso, a maternidade, aquele belo céu ensolarado, tudo isso eram milagres divinos, mas para algumas pessoas isso tudo poderia ser apenas água, céu e dois animais.

Então talvez os milagres existam somente para aqueles que acreditam na sua existência. Para uma pessoa que crê em milagres, eles se manifestam em cada pequena coisa do dia a dia, em situações até rotineiras, como por exemplo no momento de acordar (para algumas pessoas é preciso mais do que um milagre para acordar, né?! - risos), ou quando duas pessoas se apaixonam, na gestação de uma mulher, no sorriso do cachorro (o meu sorri o tempo todo! - risos) etc. Mas para aquele que não crê, nem mesmo a espetacular recuperação do meu vizinho pode ser considerada um milagre!

Todas as manhãs, quando acordo, antes mesmo de abrir os olhos, a primeira coisa que faço é mentalmente agradecer pela minha vida, por mais um dia para lutar pelos meus sonhos. Eu vejo milagres o tempo todo, até na cozinha, quando minha madrinha acerta fazer um ovo frito sem destruí-lo (risos). 

Até mesmo quando a situação parece ser terrível, ainda tento descobrir qual o milagre por trás disso tudo. Por exemplo, a moça com traumatismo craniano, quem vai dizer que não existe um lado positivo até nisso, de repente alguma lição de vida para familiares ou uma lição de superação para ela mesma, afinal, quem consegue sair de uma situação dessa, não tem nunca mais motivos para não acreditar nas próprias capacidades. Enfim, ainda não sei qual será o milagre que sairá dessa história, mas tenho certeza de que há algo de bom por trás de uma situação a princípio tão trágica.

Então eu acredito em milagres! Como não acreditar diante do sorriso do Eddie (meu cachorro), do ovo frito (quando dá certo) da minha madrinha e de toda a beleza da minha cara amassada e babada todos os dias de manhã?! 

é difícil de tirar uma foto dele sorrindo...
quando ele vê a câmera logo faz pose!


vou tentar pegá-lo de surpresa... se conseguir, posto a foto em outro post...